Arquidiocese de Braga -

31 março 2009

II Seminário Nacional, Espiritualidade no Hospital. Hospital lugar de esperança

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Fotografia

D. Jorge Ortiga

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Cinquentenário do Hospital de S. João
31.03.2009

- Seminário Nacional – questões da espiritualidade nos hospitais
- Modernidade cultiva o corpo – em situações particulares dum modo exagerado – Ginástica, Ginásios, S.P.A., produtos, cuidado na alimentação
- Nem sempre por razões de saúde mas mais estética (cirurgias plásticas). Exageros na alimentação.
- Ao lado deste cuidado, reconhece-se a debilidade. As doenças multiplicam-se. As enfermidades desfiguram. Certa incapacidade em lidar com esta situação. Autênticos dramas que agravam as situações patológicas.
- A tradição cristã – na identificação do ser humano – sublinha a dimensão espiritual. Não se trata dum dualismo formal e antagónico (corpo e alma ou corpo contra alma).
- Verificamos que o ser humano é estruturalmente espiritual. O corpo só o é verdadeiramente – mesmo na expressão da alegria sinónimo de felicidade – quando aberto ao transcendente.
- Não é por acaso que assistimos a um florescer do fenómeno religioso com experiências devidamente estruturadas ou sucedâneos da verdadeira religião. O mundo do oculto regressa, o refúgio em cultos carregados de incompreensibilidade racional,…
- O Hospital como local onde a vida é cuidado necessita duma articulação harmoniosa e competente entre estas duas vertentes. São realidades que se completam quais especialidades diferenciadas.
- Ao sublinhar esta conjugação não me restrinjo à experiência católica. Cada ser humano tem uma consciência formada e segue-se. Há um pluralismo de credos que devem ser respeitados.
- A Igreja Católica quer prestar este serviço a quem sofre e a quem trabalha neste mundo. Deve fazê-lo oferecendo os seus serviços não só a quem solicita mas, acredita que sem se impor a ninguém, a existência dum Serviço Religioso Hospitalar pode ser a proposta que torna este Serviço verdadeiramente humano.
- Daí surge a abertura a horizontes desconhecidos. A esperança acontece mesmo sem falar de Deus. O Amor é linguagem necessária para todos e a vida abre-se à confiança no futuro. A Igreja – e outros credos -, acompanhando quem ocupa um hospital, está, deste modo, ao serviço duma saúde que considera a dimensão espiritual como parte integrante que muito beneficiará o doente.
- Daqui a importância das Capelanias Hospitalares. Prestam um serviço que é estruturante. Não é algo opcional ou que pode ser dispensado. Pertence à verdadeira identidade do ser humano. Sem ele falta alguma coisa.
- Urge a Regulamentação para que se possa intervir como membros duma Equipa que proporciona do doente tudo de quanto necessita.

† Jorge Ortiga, A.P.