Arquidiocese de Braga -
10 dezembro 2009
D. Lúcio falou sobre a realidade dos seminários em Moçambique

Colaborador
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a angariar fundos para ajudar na construção de dois seminários em Moçambique. O anúncio foi feito ontem pela directora da Fundação em Portugal, que esteve em Braga para, entre outras coisas, assistir ao lança
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Segundo Catarina Martins Bettencourt, este ano a Fundação AIS dedica a sua campanha de Natal a favor de Moçambique. Uma decisão tomada após a visita àquele país africano de expressão portuguesa. «Fomos ver as necessidades e decidimos que a nossa campanha deste ano seria para ajudar a Igreja de Moçambique», explicou.
Neste contexto, convidou D. Lúcio Andrice Muandula, que é o presidente da Conferência Episcopal Moçambicana, para visitar Portugal e dar o seu testemunho da situação dos seminários em Moçambique, dando conta ainda do trabalho que a Fundação está a fazer no apoio à Igreja.
«Estamos a apoiar a construção de dois seminários em Moçambique, na diocese de Quelimane e de Chimoio, mais precisamente em Jécua. Também há outros fundos que estamos a recolher para apoiar outros projectos que possam surgir durante o próximo ano», anunciou.
Catarina Martins lembrou que a Fundação continua a precisar de apoios, porque todos os anos aumentam os pedidos de ajuda.
Um dos objectivos da visita de D. Lúcio a Portugal foi agradecer aos doadores. Fê-lo através da comunicação social e durante a conferência que deu ontem em Braga e que serviu também para lançar o livro “Sacerdotes em Cristo – 12 testemunhos de um chamamento”. A verba decorrente da venda desta publicação é para ajudar os seminários em Moçambique.
O prelado agradeceu as ajudas e mostrou que são extremamente úteis, mas insuficientes. Recordou que só a diocese que dirige tem praticamente a dimensão de Portugal. Os padres são poucos, as deslocações são longas e muito difíceis, os carros ou são velhos ou nem sequer existem. É por isso que, além do dinheiro, a Fundação AIS, quando pode, envia carros, motas ou até bicicletas para facilitar a mobilidade.
O prelado chamou a atenção para a necessidade do povo ter igrejas para rezar. Até porque, há cada vez mais mesquitas, enquanto que os católicos rezam debaixo de árvores. Alertou, por isso, para o perigo da islamização do país, pondo em causa até a liberdade religiosa e a Igreja Católica em particular.
De resto, a Igreja de Moçambique sofreu com as nacionalizações e ficou sem meios de sobrevivência. E um Estado de raiz marxista-leninista não ajuda.
Fonte: Diário do Minho
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