Arquidiocese de Braga -
12 maio 2013
ARCEBISPO PEDE RENOVAÇÃO ESPIRITUAL ÀS CONFRARIAS
Departamento Arquidiocesano de Comunicação Social
O Arcebispo Primaz pediu ontem às confrarias e irmandades da Arquidiocese para se concentrarem na «renovação espiritual» das comunidades, e não tanto em «deixar obra feita» ou em «organizar festas». Pronunciando-se na abertura do encontro arquidiocesano
O Arcebispo Primaz pediu ontem às confrarias e irmandades da Arquidiocese para se concentrarem na «renovação espiritual» das comunidades, e não tanto em «deixar obra feita» ou em «organizar festas».
«O trabalho de renovar os espaços físicos faz falta, mas se não vier acompanhado da preocupação de estarmos em maior consonância com Deus e com a Igreja, é desnecessário», referiu.
Pronunciando-se na abertura do encontro arquidiocesano de associações de fiéis, que decorreu ontem no auditório Vita, D. Jorge Ortiga apelou às confrarias para não serem «como as outras associações desportivas ou recreativas», mas se demarcarem pelo facto de terem o «cunho da Igreja».
«Ou se é uma associação que pressupõe a fé ou então não vale a pena», atirou o prelado, numa iniciativa que contou com a participação de cerca de três centenas de representantes de confrarias e irmandades.
Refletindo em seguida sobre os documentos do Vaticano II a respeito do lugar dos leigos na Igreja, o Arcebispo salientou que a «exigência de ser batizado» deve ser mote para que os leigos tenham um «papel ativo na vida e na missão da Igreja».
«É importante que hoje os leigos sejam capazes de assumir esta responsabilidade», acrescentou.
Pronunciando-se também sobre a organização de festas e romarias, tarefa que cabe muitas vezes às confrarias, D. Jorge Ortiga fortaleceu a necessidade de investir em mais «oportunidades para meditar nos conteúdos da fé».
«Temos que trabalhar ativamente na comunicação da Palavra de Deus», sublinhou o Arcebispo, sugerindo em seguida a realização de «encontros de reflexão para jovens ou casais» durantes as festas.
Outra das sugestões deixadas pelo prelado foi a da fusão de confrarias sediadas na mesma paróquia, de forma a «garantir a continuidade» das mesmas e a permitir uma «maior renovação dos seus membros».
O encontro, orientado pelo padre Abel Faria, responsável diocesano pelas associações de fiéis, incluiu ainda reflexões acerca da normativa jurídica e constituição de estatutos de confarias, bem como uma meditação acerca do lugar do culto e da fé neste tipo de associações laicais.
Este responsável arquidiocesano lamentou-se também pelo facto de ainda não ter dado entrada nos serviços centrais da Arquidiocese, os dados atualizados de muitas das confrarias e irmandades espalhadas pelos diversos arciprestados.
Arquidiocese tem 1009 confrarias, mas apenas 542 ativas
O encontro anual de confrarias e irmandades, que se realiza pelo segundo ano consecutivo, foi ainda aproveitado para revelar os dados estatísticos relativos às associações de fiéis da Arquidiocese.
Segundo o padre Abel Faria, existem registos de 1009 confrarias ou irmandades nos diversos arciprestados, sendo que apenas 542 estão efetivamente ativas. Sobram 443 registadas como inativas e 24 suprimidas entretanto.
O arciprestado com maior número de associações de fiéis é Braga, com 192 registos, seguindo-se Barcelos com 175 e Guimarães e Vizela com 132 confrarias.
O também pároco de S. Martinho de Sande e S. Lourenço de Sande, em Guimarães, fez questão de sublinhar que, do total de confrarias registadas, «apenas 119 têm estatutos válidos», deixando um apelo para que os responsáveis tenham o cuidado de renovar os seus registos junto dos serviços da Arquidiocese.
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