Arquidiocese de Braga -
17 fevereiro 2014
CABECEIRAS DE BASTO RECUPERA TELA DO SÉCULO XVIII
O Mosteiro de São Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto, apresentou publicamente, no sábado, uma tela de São Miguel, que se julgava perdida há mais de um século. Foi um momento marcante para aquele mosteiro que quer ser considerado Património Cultural
O Mosteiro de São Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto, apresentou publicamente, no sábado, uma tela de São Miguel, que se julgava perdida há mais de um século. Foi um momento marcante para aquele mosteiro que quer ser considerado Património Cultural da Humanidade, com a igreja cheia de fiéis e curiosos, que acompanharam o descerrar da preciosa tela.
Trata-se de uma tela com mais de sete metros de comprimento. Nela se pode observar a representação da Santíssima Trindade e a luta de São Miguel e os anjos, contra o Mal, representado numa serpente.
Datada do triénio de 1764-67, a tela foi descoberta no ano passado e restaurada de imediato como justificou o pároco local, padre Manuel Baptista. «Existe uma interação entre fé e arte. A fé estimula a arte, e a arte favorece a vivência da fé, por isso de imediato se pensou no restauro desta tela, para que depois de tantos anos, pudesse ser devolvida à sua função original», disse o sacerdote na sessão.
O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, falou da «incúria» a que estão votados muitos locais sagrados e apelou a uma conjugação de esforços entre autarcas, Governo e Igreja para preservar o património artístico presente, não só em Refojos de Basto, mas em muitos outros locais religiosos.
Na oportunidade, o presidente da Câmara, China Pereira, reafirmou a intenção de candidatar todo o centro de Cabeceiras de Basto a Património Mundial da Unesco, pelo que este foi um «passo importante e louvável da pároquia de São Miguel de Refojos».
O quadro foi completamente restaurado pelas Oficinas de Santa Bárbara, a convite e expensas da Fábrica da Igreja Paroquial de São Miguel de Refojos de Basto e estará exposto até à Páscoa, altura em que será recolhido novamente e apresentado em momentos litúrgicos relevantes.
DM, 17 de Fevereiro de 2014
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