Arquidiocese de Braga -

24 março 2014

D. JORGE ORTIGA QUER SANTUÁRIO DE S. BENTO NA LINHA DA FRENTE DA EVANGELIZAÇÃO

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O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, espera que o congresso que terminou no passado sábado no santuário de S. Bento da Porta Aberta funcione como que um desafio no sentido de colocar aquele lugar de culto em Terras de Bouro na «linha da frente de uma ev

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O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, espera que o congresso que terminou no passado sábado no santuário de S. Bento da Porta Aberta funcione como que um desafio no sentido de colocar aquele lugar de culto em Terras de Bouro na «linha da frente de uma evangelização em conversão» como proclama o Papa Francisco.

Em declarações ao Diário do Minho, à margem dos trabalhos, o prelado lembrou que o santuário de S. Bento é procurado por milhares de peregrinos e devotos durante o ano (é o mais visitado em Portugal depois de Fátima) e «também aqui a Pastoral necessita de uma renovação e de uma atenção», respondendo ao desafio lançado pelo Papa que quer a  Igreja numa atitude de saída.

«O santuário [de S. Bento) também terá que procurar de modos diversificados ir ao encontro dos problemas das pessoas. Muitas delas chegam aqui carregadas, dobradas sobre o peso da vida», frisou.

Nesse sentido, D. Jorge Ortiga desafia o santuário de S. Bento a procurar fazer um «acolhimento mais responsável, mais consistente, por ventura mais atualizado», que «corresponda às expectativas» dos peregrinos e devotos e «não ficar pura e simplesmente numa oferta do culto».

«A Igreja precisa de reflectir e pensar um pouco mais no sentido da peregrinação, para que a peregrinação não seja um mero passear, mais ou menos doloroso, conforme a distância, mas seja imbuída numa espiritualidade, de tal como que possa ser um encontro com Deus», disse o prelado.

Por outro lado, o prelado entende que o santuário de S. Bento deve «merecer uma atenção das autoridades» para além da dimensão do culto, nomeadamente a nível de promoção, divulgação de todo o conjuto patrimonial edificado que está em contato com a natureza e enquadrado na «beleza» das paisagens do Gerês, num «ambiente bucólico» que «pode ser também espaço de repouso, reflexão e de descanso».

«A Irmandade de S. Bento restaurou este hotel, esta estância, é um espaço de acolhimento para que as pessoas sejam também capazes de parar e refletir», lembrou.

Dirigindo-se ainda às autoridades civis, o  Arcebispo voltou a sublinhar a necessidade de se melhorar as condições de segurança aos peregrinos nos Caminhos de S. Bento.

Sobre o congresso “S. Bento - Pai e Padroeiro da Europa”, D. Jorge disse que ele teve uma «importância e siginificado muitos grandes», uma vez que procurou «alertar para determinadas realidades essenciais» para Portugal e também para a Europa, nomedamente para a necessidade de haver unidade entre os povos e reforçar a matriz cristã.

O congresso, inserido na comemoração dos 50 anos da proclamação de S. Bento como patrono da Europa, procurou ainda, disse, evocar e enaltecer um «grande homem da História que foi capaz de intuir determinados aspetos essenciais para natureza humana».

«S. Bento conseguiu compreender que o essencial para o homem seria sempre a dimensão da oração e em simultâneo a dimensão do trabalho», acrescentou.

«O santuário de S. Bento também terá que procurar de modos diversificados ir ao encontro dos problemas das pessoas»

DM, 23 de Março de 2014