Arquidiocese de Braga -

8 abril 2014

CERCA DE UM MILHAR DE PESSOAS EM PEREGRINAÇÃO AO BOM JESUS

Fotografia

Cerca de um milhar de peregrinos participou ontem na Procissão Penitencial de Braga ao Bom Jesus do Monte, tendo sido desafiados a olharem «com fé» além da realidade humana da cruz e compreenderem o seu sentido final que é a ressurreição. «Jesus não é só

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Cerca de um milhar de peregrinos participou no passado Domingo na Procissão Penitencial de Braga ao Bom Jesus do Monte, tendo sido desafiados a olharem «com fé» além da realidade humana da cruz e compreenderem o seu sentido final que é a ressurreição. «Jesus não é só o homem pregado na Cruz; Ele é a Ressurreição e a Vida», declarou o padre Adelino Costa, sacerdote que presidiu à Missa campal com que a peregrinação encerrou.

O celebrante disse na homilia que, tal como Jesus morreu, também cada um de nós morrerá. «Mas Ele também ressuscitou e nós também ressuscitaremos», acrescentou.

Para o padre Adelino Costa, cada um dos presentes na Eucaristia apresentava-se na condição de peregrino, «em estilo de caminhante, de alguém que deixa a sua casa e procura novas paragens e novas realidades».

É neste «caminhar» pela vida que o sacerdote frisou ser «necessário que queiramos descobrir a Cruz – árvore da morte – que, por Jesus, é símbolo de vida».

«Todos temos a certeza da morte mas é provável que nem todos tenhamos a certeza da vida que nos está reservada e que há de vir», afirmou o padre Adelino Costa. Acrescentou, ainda, ser «humano» o sentimento de desânimo e a derrota nas nossas vidas mas que os cristãos possuem o dom da fé que os faz erguer o olhar e ver «mais além» do que a Cruz, à partida, revela.

Apontando ainda para a condição de peregrinos, o celebrante afirmou que, nesta vida temporal «não temos terra fixa» e que, por isso, temos de assumir por inteiro a situação de caminhantes que percorrem um trajeto, «não à toa, mas guiados pelo Espírito».

Todavia, reiterou o sacerdote, «somos humanos e, por vezes, a dúvida instala-se, como naqueles momentos em que acompanhamos um irmão ou irmã ao cemitério». Recordando o relato da ressurreição de Lázaro por Jesus, feito na liturgia do dia, o celebrante frisou estar plasmado um «duelo entre a racionalidade e a fé» e no qual é o próprio Jesus que se revela ao afirmar que ele é «a Ressurreição e Vida» e que, se tivermos fé, «haveremos de ver a glória de Deus.

A Procissão Penitencial de Braga ao Bom Jesus do Monte está inserida na programação da Quaresma e Semana Santa de Braga, tendo saído da igreja de Santa Cruz, na cidade, em direção ao  santuário.

Paixão de Cristo encenada em Tadim

A Paróquia de Tadim volta a realizar a dramatização da via-sacra no próximo sábado, entre as 21 e as 23h00. Esta iniciativa, que terá lugar no parque de merendas local, vai percorrer as várias ruas da freguesia, numa iniciativa que se insere nas festividades da Semana Santa da paróquia e das Festas da Senhora das Candeias, que se assinalam na segunda-feira de Páscoa.

A realização da via-sacra ao vivo conta com a colaboração de 150 voluntários das mais variadas idades, com o apoio de várias entidades locais. 

Realizada anualmente, com o objetivo de recriar os últimos momentos da vida de Jesus Cristo, a dramatização da via-sacra ao tem uma componente musical vai estar a cargo do coro da paróquia de São Bartolomeu de Tadim.

Com cerca de duas horas de duração e pouco mais de três quilómetros de percurso, os últimos momentos da vida de Jesus Cristo vão ser recriados em 14 cenas ao longo das ruas de Tadim, iniciando-se com a “Entrada triunfal em Jerusalém” e finalizando no Calvário, onde vai terminar com o culminar e a razão pela qual acompanhamos esta recriação dos últimos momentos da vida de Cristo, a Ressurreição.

A via-sacra é um evento organizado sem fins lucrativos, aberto à população com entrada gratuita.

Segundo o coordenador geral Bruno Ferreira, a via-sacra deste ano «será nos moldes dos anos anteriores. Em cada estação haverá uma surpresa para que tudo fique ainda mais emocionante e faça o público refletir sobre o seu significado».

DM, 7 de Abril de 2014