Arquidiocese de Braga -

29 abril 2014

SAMEIRO CELEBRA CANONIZAÇÕES DE JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II

Fotografia

Centenas de peregrinos romaram no Domingo ao Santuário do Sameiro para celebrar as conanozações dos Papas João XXIII e João Paulo II, unindo-se em oração pela Igreja Universal e de um modo particular pelos católicos perseguidos.

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Centenas de peregrinos romaram no Domingo ao Santuário do Sameiro para celebrar as conanozações dos Papas João XXIII e João Paulo II, unindo-se em oração pela Igreja Universal e de um modo particular pelos católicos perseguidos.

A celebração iniciou-se com uma procissão informal, desde o lugar onde está implantada a estátua de João Paulo II até à Cripta, onde foi celebrada a Eucarista, ao que se seguiu um momento de veneração da relíquia (uma gota de sangue) do agora Santo João Paulo II.

Lúcia Rodrigues foi um dos muitos peregrinos que se associou a esta festa de júbilo pelas canonizações papais, ontem de manhã no Vaticano. Emigrada em França há 46 anos, veio passar a Páscoa à terra natal, Real - Braga, com o marido, e quando soube que ia haver esta celebração no Sameiro decidiu de imediato associar-se, até porque é grande devota de João Paulo II.

«Conheci estes os dois Papas que acabam de ser proclamados santos, mas tenho uma devoção especial ao Papa João Paulo II. Ele esteve aqui no Sameiro, é-nos muito próximo, foi um grande admirador de Nossa Senhora, e eu também sou, faço todos os anos a pereguinação de Agosto ao Sameiro», disse.

 O presidente da Confraria do Sameiro, o cónego José Paulo Abreu, que presidiu às celebrações, realçou que o Sameiro tem «razões acrescidas» para celebrar a canonização de João Paulo II, uma vez que ele foi o único representante de Pedro que pisou o solo do Sameiro.

«Era um Papa muito empático, que nos deixou marcas fundas no coração, no coração do nosso povo. Temos aqui no Sameiro uma relíquia dele - uma gota de sangue - e outra na Sé - um cabelo. São sinais visiveis, palpáveis, da presença do Papa João Paulo II, mas mais do que esses sinais palpáveis há a devoção e a estima que o nosso povo tem por ele», disse.

O Cónego José Paulo Abreu reconhece que a canonização de João Paulo II poderá catapultar mais gente para o Sameiro, mas essa «não é propriamente a preocupação» de quem é responsável pelo santuário.

«A nossa preocupação é rezarmos, estar com a Igreja, agradecer-nos, porque este Papa merece-nos uma gratidão especial», frisou o Vigário-Geral da Arquidiocese, que espera que a Igreja de Braga saiba demonstrar essa gratidão.

Na celebração de ontem, o Sameiro fez questão não só de expressar a sua gratidão ao Papa polaco, como também lembrar que «a santidade é um projeto possível». 

Nesse sentido, o Cónego José Paulo Abreu exortou os fiéis a «amar o irmão e dedicar-se a Deus com todo o coração, com toda a alma como fizeram os Papas João XXIII e João Paulo II», mais dois intecessores que os cristãos têm junto de Deus.

Ao longo da procissão foi recitado o Terço e foram evocados os dois Papas canonizados. Os peregrinos rezaram pelos jovens, pelos doentes, pelos cristãos perseguidos, pelas crianças do mundo inteiro.

O andor com a imagem da Senhora do Sameiro foi carregado por casais.

Escuteiros vivem momento único

Um grupo de escuteiros da Arquidiocese de Braga rejubilou com a canonização de João Paulo II, ontem, no Vaticano.

«João Paulo II é a figura que nos ensina a não ter medo de sermos santos do Séc. XXI, santos de carne e osso”, enfatiza o chefe regional do CNE em Braga, Ivo Faria.

Da Arquidiocese romaram cerca de 350 jovens, a grande maioria escuteiros, que tiveram oportunidade de conhecer Roma mas também a possibilidade de participar na canonização daquele que é o seu «modelo de vida».

Desde outubro de 2013 que estes escuteiros estavam a preparar esta peregrinação que foi vivida com «grande intensidade».

DM, 28 de Abril de 2014