Arquidiocese de Braga -

7 maio 2014

51ª SEMANA DAS VOCAÇÕES: MONTE HOREB

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Seguindo os desafios que o Papa coloca para esta semana, vamos hoje conhecer uma proposta concreta de acompanhamento e discernimento vocacional, presente na nossa Arquidiocese: Monte Horeb.

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“Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida». Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias”.

Seguindo os desafios que o Papa coloca para esta semana, vamos hoje conhecer uma proposta concreta de acompanhamento e discernimento vocacional, presente na nossa Arquidiocese: Monte Horeb.

O que é:

A proposta Monte Horeb surgiu, há mais de 10 anos em Espanha (Vedrunas) através das Irmãs Carmelitas da Caridade. Entre nós, foi introduzido há 5 anos pelos irmãos de La Salle. Pretende, fundamentalmente, acompanhar jovens a partir dos 19 anos e que se colocam a questão do que Deus propõe para as suas vidas. É uma experiência que tem a duração de um ano, com encontros mensais de Outubro a Julho, acompanhada por vários adultos na fé, que pertencem a diversos carismas e estados de vida no seio da Igreja.

Este ano pastoral são sete os jovens que estão a fazer esta caminhada, provenientes de quatro carismas diferentes: Hospitaleiras, Passionistas, La Salle e Religiosas do Sagrado Coração de Maria.

O que oferece:

– Um encontro de grupo mensal 

– Um trabalho pessoal semanal programado

– Um acompanhamento pessoal sistemático

– Dois convívios no ano

– Uma experiencia de retiro espiritual

O que se pede aos participantes:

– Para participar na experiência de Monte Horeb é necessário formalizar o pedido através de uma carta de apresentação. É solicitado, ainda, que este pedido seja sustentado com a referência de uma pessoa adulta na fé.

– Nos encontros mensais pede-se a participação assídua e a partilha do trabalho pessoal realizado. Aí é apresentado, também, o tema do mês seguinte. 

Os 9 temas:

– Deus revela-se por própria iniciativa

– Deus chama sempre. As vocações na Bíblia

– Maturidade integral: crescimento e reconciliação 

– A experiência de Deus nos homens e mulheres da Bíblia

–  “Lectio divina”: relacionar-se afetivamente com Deus

– Jesus ressuscitado envia-nos o seu Espírito para evangelizar

– As distintas vocações na Igreja

– Os carismas na Igreja

– O projeto pessoal de vida

Testemunhos:

Cátia Soares (21 anos, Família hospitaleira):“Até agora, a minha experiência de Monte Horeb centra-se muito na reconciliação e aproximação: de mim, dos outros e de Deus. Não é sempre fácil ou prazeroso de se fazer, mas é importante. É comida que sacia, relembrando uma leitura da reflexão deste mês. Sinto mais a presença de Deus em mim e no Mundo. Acho que esta parte é muito importante: o Sentir… Monte Horeb ajuda a sentir com mais intensidade.”

Joana Lopes (22 anos, Família La Salle):“O Monte Horeb está a ser para mim uma oportunidade de descobrir o sentido da minha vida, uma vez que me ajudou a encontrar Deus dentro de mim. Ao longo da minha caminhada no Monte Horeb, aprendi que Deus me ama enquanto ser imperfeito e que não precisa de motivos para tal, aprendi que mais importante do que os erros que cometemos é o momento em que nos convertemos, em que reconhecemos as nossas falhas, aceitamos as nossas feridas e apesar de tudo escolhemos ser alguém melhor. O Monte Horeb mudou a minha vida porque me mostrou que, ainda que tudo nos corra mal, ainda que pareça que não há hipóteses ou nos sintamos incapazes, se tivermos fé, tudo é possível.”

Maria Adelina Morais (32 anos):“A experiência do Monte Horeb, é um verdadeiro encontro com o Autor da Vida e de todo o Bem. É uma caminhada profunda de Fé, de relação com Deus, comigo e com o próximo. Desde o contacto com os textos bíblicos, aplicados a minha realidade pessoal, só no silêncio e na intimidade verdadeira com Deus, subirei ao Monte, onde encontrarei o maior Tesouro da minha vida.”

Rosa Jesus (37 anos, Família Passionista): “Com a experiência do Monte Horeb reencontrei-me e encontro-me num período de reconciliação comigo mesma. Encontro-me a descobrir alguém que realmente não conhecia, onde o organismo falava mas interiormente recusava-me a escutar. Dentro desta descoberta encontrei um Amor de Deus, que não imaginava e que apesar de todos os meus defeitos, descobri que Ele ama-me e espera por mim. Esta descoberta ajuda-me a viver e a aceitar o meu dia - a - dia com muita calma e serenidade.”

Paulo Forte (24 anos, Família La Salle): “Parar o tempo, fazer silêncio é difícil nos dias que correm. A experiência do Monte Horeb convida-me e explorar esses momentos, a entrar naquilo que sou e a descobrir-me perante os olhos de Deus. É também momento de criar relação, de trabalhar relação… de acreditar e de amar. É entregar a Deus toda a vida em nós, sejam alguns pequenos gestos, seja o trabalho ou uma relação por inteiro.”

Filipa Monteiro (20 anos, Família Passionista): “Para mim o Monte Horeb está a tornar-se um bom caminho de descoberta e reconciliação com Jesus. Este grupo está a ajudar-me a partilhar situações que me comovem e a olhar para elas com os olhos d’Ele. Está a ajudar-me a melhorar a relação com os outros, comigo e com Ele. Nem sempre é fácil e as nossas situações do dia-a-dia podem desgastar-nos mas a energia com que vimos depois de uma reunião do Monte Horeb ajuda-nos muito. Como costumo dizer, nada acontece por acaso quando estamos a aprender mais sobre Jesus.”

Luís Miguel Novais (24 anos, Família La Salle): “O Monte Horeb tem sido uma experiência de aproximação a um Deus relacional que se traduz nos atos simples do dia-a-dia e nos movimentos que provoca espiritualmente. Tem sido uma verdadeira aventura, uma verdadeira escalada ao Monte. Tem-me ajudado a perceber melhor quem sou e aquilo que o mundo exterior provoca no meu mundo interior. A pergunta que mais ressoa nestes tempos de Monte Horeb é o que Deus quer realmente de mim e da minha vida?”