Arquidiocese de Braga -
28 maio 2014
IGREJA DE S. VICENTE APRESENTA PLANO DE REABILITAÇÃO
O assunto não é de gravidade extrema, nem está, para já, em causa qualquer derrocada iminente, mas o certo é que a igreja de S. Vicente, um dos mais belos exemplares do barroco da cidade de Braga, está a precisar de uma «intervenção urgente» ao nível do t
O assunto não é de gravidade extrema, nem está, para já, em causa qualquer derrocada iminente, mas o certo é que a igreja de S. Vicente, um dos mais belos exemplares do barroco da cidade de Braga, está a precisar de uma «intervenção urgente» ao nível do telhado e da abóbada, pois dá sinais de degradação de alguns materiais e existem infiltrações com danos visíveis no interior do templo.
Este cenário foi ontem tornado público pela paróquia e Irmandade de S. Vicente, no decorrer da apresentação do projeto de intervenção e reabilitação traçado para aquela igreja.
«Precisamos de avançar para as obras e, só para a intervenção na cobertura e na abóbada - que são a intervenção mais urgente -, a estimativa dos custos ronda os 300 mil euros», revelou o juiz da Irmandade de S. Vicente, José Ribeiro Pinto, na sessão que contou com a presença do diretor Regional da Cultura do Norte (DRCN), António Ponte, do vigário geral da Arquidiocese de Braga, cónego Valdemar Gonçalves, do pároco, padre João Paulo Alves, bem como do arquiteto responsável pelo projeto de reabilitação, Francisco Azeredo, e dos investigadores Eduardo Pires de Oliveira e Graça Vasconcelos.
José Pinto foi categórico: «Nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e, depois de uma intença campanha de angariação de fundos, temos cerca de 10 mil euros».
Porque o custo das obras está fora do alcance das posses da comunidade paroquial, porque se trata de um imóvel classificado e com inegável interesse turístico para a cidade, foi lançado um «pedido público» à DRCN para que possa apoiar todo o processo, especialmente na candidatura que está pronta para ser apresentada, «logo que as candidaturas ao próximo quadro de apoio abrirem», disse José Pinto.
Por seu turno, sem se comprometer nem com prazos nem com montantes, António Ponte garantiu apoio no acompanhamento de todo o processo e disse que, segundo o que foi apresentado ontem, «todo o trabalho técnico que é exigido para que um projeto possa ser aprovado parece já estar realizado» o que, no seu entender, facilita o acesso às candidaturas.
O levantamento do estado da cobertura igreja foi realizado pelo arquiteto e também por uma equipa de especialistas internacionais que realizou um mestrado na Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
Da monitorização realizada, entre outros dados, chamou a atenção do arquiteto e dos investigadores «as toneladas de entulho» que pesa sobre a abóbada, o ripado das telhas desfeito em diversos locais e a tela asfaltica colocada na última intervenção realizada há cerca de 15 anos que não escoa a água até ao limite do telhado mas que a deixa impregnar a abóbada.
A avaliação realizada, com recurso a exames de radar das paredes, conclui que, neste aspeto, o templo não corre riscos de segurança. Todavia, a comunidade espera que as obras possam ser realizadas quanto antes e não desejava ver a igreja encerrada ao culto e a visitas por falta de segurança.
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