Arquidiocese de Braga -
2 junho 2014
D. JORGE ORTIGA DEFENDE UMA MAIOR CONSCIENCIALIZAÇÃO DE PERTENÇA À IGREJA DIOCESANA
O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, apelou ontem a uma «maior consciencialização de pertença à Igreja» na Arquidiocese de Braga. Falando na homilia da missa conclusiva da Peregrinação Arquidiocesana ao Santuário do Sameiro, o prelado olhou os milhares de
O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, apelou ontem a uma «maior consciencialização de pertença à Igreja» na Arquidiocese de Braga. Falando na homilia da missa conclusiva da Peregrinação Arquidiocesana ao Santuário do Sameiro, o prelado olhou os milhares de peregrinos que participavam na Eucaristia e disse: «Nesta peregrinação Arquidiocesana imagino-vos como provenientes dos 14 arciprestados e como gostaria que fossemos capazes de nos congregar sempre mais, em assembleia única em redor da Mãe comum, a Senhora do Sameiro. Havemos de chegar a esta alegria resultado duma maior consciencialização de pertença à Igreja nesta Arquidiocese».
Durante a sua intervenção, D. Jorge Ortiga falou mesmo da «urgência» da Arquidiocese trabalhar mais o «sentido e a consciência de comunidade». «Esta urgência de trabalharmos sempre mais o sentido comunitário da vida, a experimentar nas paróquias e a visibilizar na Diocese, confirma-se na mensagem que o Papa Francisco escreveu para este 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais», que ontem se celebrou, frisou.
Todavia, o Arcebispo de Braga não escondeu que este esforço não é algo fácil de concretizar. «Sabemos que são muitos os muros que ainda nos separam, aos quais teremos de ser audazes para os destruir, criando proximidade e solidariedade», afirmou.
«Das inúmeras oportunidades de encontro, a liturgia apresenta-se como um dos momentos especiais para expressar, de um modo mais visível, a identidade comum da família humana, que se reúne para celebrar a fé», salientou D. Jorge Ortiga aludindo ao programa pastoral da diocese.
Também neste domínio, o prelado aponta existir «muito trabalho a realizar». Ainda assim, frisou: «Reconheço que os leigos dão muito de si à comunidade paroquial, dão-o com a melhor das intenções e por causa do amor de Deus, e por isso apenas peço que vos deixeis moldar pelo Espírito para que a eventual indiferença, competitividade, frieza, desarmonia e egoísmo laical não prejudique, neste caso, a qualidade da nossa liturgia».
Falando aos peregrinos que, depois de uma caminhada de cerca de uma dezena de quilómetros, aguentaram no recinto do Santuário sob um sol intenso, D. Jorge Ortiga numa homilia de 13 minutos salientou a importância da vivência do domingo como dia dedicado para que «os encontros se intensifiquem e aprofundem».
«Sei que hoje há novos horários e ritmos sociais, mas nós não podemos viver sem o domingo! E precisamos de recuperar toda a profundidade do domingo como dia da Ressurreição, dia da Eucaristia, dia da assembleia cristã, dia do descanso, dia do convívio familiar e da gratuidade», afirmou citando aqui o que está expresso no Programa Pastoral da Arquidiocese.
Por último, pedindo a intercessão da Senhora do Sameiro, disse: «Quero, convosco, assumir as vossas preocupações. Quero, convosco, defender os mais frágeis e debilitados. Quero, convosco, partilhar as lágrimas dos quem sofre. Quero, convosco, pedir pelas vossas necessidades. E quero, convosco, dizer a todos que, mesmo que a vida esteja a ser mesmo muito difícil, não vale desanimar».
DM, 2 de Junho
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