Arquidiocese de Braga -

«Tal como os apóstolos foram capazes de aprender novas línguas para comunicarem com os outros quando o Espírito Santo desceu sobre si, também nós temos necessidade de saber outras línguas», defendeu, ontem, o Cónego Tinoco, na celebração da missa solene de Pentecostes, na igreja do Bom Jesus.

Afirmando que, «muitas vezes, falamos a língua do egoísmo, do orgulho, da crítica e do maldizer», o sacerdote defendeu que também hoje os homens «têm a necessidade de falar novas línguas», que são as do amor, da compreensão, da ajuda, da partilha e do bem entre pais e filhos e casais.

Na celebração da Eucaristia, o Cónego Tinoco lembrou ainda aos fiéis que, mais do que rezar com devoção, é necessário viver essa mesma oração. «Dizer a oração é fácil, mas é preciso, ao longo do dia, vivê-la», disse, vincando que «se dermos glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, a nossa vida vai modificar-se em muitos aspetos».

No dia em que se celebraram as festas do Espírito Santo, o sacerdote aproveitou para relembrar os seus dons. «Devemos pedir o dom da sabedoria para fazermos bom uso da nossa liberdade porque aí está o mérito da nossa vida. Sou livre mas opto pela verdade, pela justiça e pelo amor», disse, lembrando também o dom do entendimento para que «a família seja o lugar onde se está bem».

Por último, e perante uma igreja repleta de fiéis, o Cónego Tinoco referiu-se ao dom do conselho «para que saibamos discernir o bom e o mau, o certo e o errado, e possamos dar conselhos sobre isto», e ao dom da piedade «para termos Deus bem presente na nossa vida».

A celebração inseriu-se no programa das Festas do Espírito Santo, uma tradição que a Confraria do Bom Jesus faz renascer 60 anos após o seu abandono. Da parte da tarde, houve momentos musicais pela Banda Filarmónica de Cabreiros e foi inaugurada a exposição solene do Santíssimo Sacramento, Adoração e Bênção. Pelas 17h00, teve ainda lugar a celebração de uma missa cantada.