Arquidiocese de Braga -

17 junho 2014

MISERICÓRDIA DE BRAGA EM PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA

Fotografia

Grande parte dos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Braga – alguns não puderam ir porque tiveram de permanecer no posto de trabalho – foram sábado em peregrinação a Fátima. Juntaram-se-lhes os elementos da Mesa Administrativa, acompanhados algu

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Grande parte dos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Braga – alguns não puderam ir porque tiveram de permanecer no posto de trabalho – foram sábado em peregrinação a Fátima. Juntaram-se-lhes os elementos da Mesa Administrativa, acompanhados alguns pelas respetivas esposas.

A partida aconteceu junto do Lar Nevarte Gulbenkian, pouco depois das 07h30.

Se a primeira parte do percurso foi de convívio, a partir da Mealhada assumiu o caráter de autêntica peregrinação, orientada pelo Cónego António Macedo, um dos capelães da Santa Casa.

Chegadas à Cova da Iria, as mais de oito dezenas de participantes dirigiram-se processionalmente para a Capela da Ressurreição, na Basílica da Santíssima Trindade, onde Mons. Silva Araújo, da Mesa Administrativa, presidiu à Eucaristia, concelebrada pelo Cónego Macedo e animada pelo Grupo Coral da Santa Casa da Misericórdia de Braga, orientado pelo Prof. Hugo Torres.

Nas intenções da Missa lembraram-se os funcionários que, por motivo de trabalho, não puderam participar e os grandes desafios que a Santa Casa da Misericórdia de Braga enfrenta, com a necessidade de restituir vida ao que foi o complexo do Hospital de S. Marcos, de que é proprietária.

À homilia Mons. Silva Araújo orientou uma reflexão sobre dois dos pontos da Mensagem de Fátima: oração e penitência.

Disse da necessidade da oração, quer individual quer em comunidade (oração conjugal e oração familiar).

Relativamente à penitência, lembrou palavras da Vidente Lúcia, segundo a qual o sentido da penitência pedida  pela Santíssima Virgem lhe foi explicado por Jesus, cerca das 24h00 de 15 para 16 de abril de 1943: «O sacrifício que de cada um exige o cumprimento do próprio dever e a observância da Minha Lei: é a penitência que agora peço e exijo».

A penitência que Deus pede, escreveu mais tarde a mesma Lúcia, «em primeiro lugar é o sacrifício que cada um tem de se impor a si mesmo para deixar a vida de pecado e enveredar por um caminho de honestidade, de pureza, de justiça, de verdade e de amor».

(…) «Existem ainda muitos outros sacrifícios que Deus nos pede e espera de nós, como seja: socorrer o próximo nas suas necessidades, ajudá-lo a resolver, quanto nos seja possível, as suas dificuldades, a vencer as tentações e os perigos que os arrastam por maus caminhos; o privarmo-nos do que nos sobra, para socorrer os que nada têm; oferecer a Deus a nossa oração e os nossos sacrifícios por aqueles que mais precisam de fé, esperança e amor, que os leve a seguir por uma senda de paz, serenidade, verdade e justiça».

A partir daqui, Mons. Silva Araújo exortou todos os que trabalham na Santa Casa – quer os que por isso são remunerados quer os que o fazem em regime de voluntariado – a acrescentarem à perfeição técnica a marca misericórdia, vendo Jesus nas pessoas a quem servem.

O almoço foi servido nas Irmãs Dominicanas e a partida de Fátima aconteceu pelas 16h00.

Houve uma ligeira visita ao Centro de Apoio a Deficientes João Paulo II e ao Centro de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI, duas valências que a União das Misericórdias Portuguesas tem nos arredores de Fátima. O primeiro, aberto há 25 anos, para deficientes profundos. Acolhe 119 pessoas e tem 121 funcionários. O segundo, para doentes de Alzheimer e Parkinson, com capacidade para 60 camas, aberto o ano passado.

Na zona do Luso houve um piquenique, onde muitas das senhoras apresentaram algumas das suas especialidades culinárias. O regresso a Braga foi em ambiente de festa.

O Provedor, Dr. Bernardo José Ferreira Reis, de quem partiu a iniciativa, agradeceu o trabalho dos organizadores, particularmente Domingos Xavier e Manuela Machado, e manifestou o seu regozijo pelas adesões verificadas e pela forma como tudo decorreu. Aproveitou para informar que dentro em breve principiam as obras de recuperação do edifício do Palácio do Raio. Era seu desejo, disse, que se principiasse pelas unidades para doentes de Alzheimer e Parkinson e fisiatria, mas ainda se não conseguiu o indispensável financiamento.

Muitos dos presentes manifestaram publicamente o seu contentamento exprimindo o desejo de que iniciativas deste género se repitam.

Os participantes envergaram uma camisete branca com o emblema da Santa Casa da Misericórdia de Braga.

À partida todos receberam um desdobrável, com o essencial da mensagem de Fátima, desde as aparições do Anjo às aparições da Senhora na Cova da Iria e nos Valinhos, e às revelações à Vidente Lúcia em Tuy e em Pontevedra.

A viagem fez-se em dois autocarros e tudo decorreu sem quaisquer encargos financeiros para a Instituição. As despesas foram custeadas com o produto do Prémio nacional «Nunes Correa Verdades de Faria», atribuído o ano passado ao Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, ex aequo com o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcáçovas.

DM 17 de Junho de 2014