Arquidiocese de Braga -

27 junho 2014

FESTAS DE S. PEDRO EM LOMAR, BRAGA

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Têm início hoje as festas de S. Pedro em Lomar, Braga, prolongando-se até ao próximo Domingo, dia 29, Solenidade de S. Pedro e S. Paulo. Em entrevista ao Diário do Minho, o pároco de Lomar, cónego Roberto Mariz, refere que a festa valoriza a componente re

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Têm início hoje as festas de S. Pedro em Lomar, Braga, prolongando-se até ao próximo Domingo, dia 29, Solenidade de S. Pedro e S. Paulo. Em entrevista ao Diário do Minho, o pároco de Lomar, cónego Roberto Mariz, refere que a festa valoriza a componente religiosa.

Diário do Minho (DM): Como presidente da Comissão de Festas em honra de S. Pedro, como estão a decorrer os preparativos?

Cónego Roberto Mariz: Estão a correr bem.As festas em honra de S. Pedro, o padroeiro da paróquia de Lomar acabam por ter um enquadramento de toda a semana, naquilo que é no horizonte da dimensão religiosa. Como festa, tem também uma parte lúdica, obviamente, com a relevância que essa dimensão tem para o viver da vida das pessoas. Na parte religiosa, fez-se um acerto de horários da eucaristia, passando para as 20h30, em vez das 19h15 habituais, para que as pessoas possam, depois do trabalho, participar, com o sermão, a partilha, em termos daquilo que é a dimensão da nossa fé e em honra a S. Pedro. O domingo será o dia alto das festas, de manhã, com a celebração da missa solene em honra do padroeiro e a Comunhão de Profissão de Fé e, à tarde, pelas 18h00, com a procissão.

DM: São umas festas com uma grande componente religiosa.

Cónego Roberto Mariz: Concordo. Não se “esvaziou” o sentido religioso da festa para apresentar-se unicamente momentos culturais, lúdicos ou de lazer. Acho importante quando aparece o nome religioso nestas festas e considero que a dimensão religiosa não pode ser “o parente pobre” deste tipo de solenidades. E aqui em Lomar, houve um cuidado da parte da organização na valorização do carácter religioso, o que é de saudar.

DM: É pároco de Lomar desde 2012. Descreva esta comunidade e o seu dinamismo pastoral e religioso.

Cónego Roberto Mariz: Falar da comunidade é sempre algo delicado, num quadro sociológico e caraterizador dos seus traços. Uma parte da comunidade está inserida no seio urbano da cidade, com uma vivência e pretensa mais diluída, que é natural no seio das realidades urbanas. Por outro lado, vislumbra-se uma outra parte com identidade mais paroquial. Existe esta dupla realidade fruto da geografia. Mas é uma comunidade crente que tem o seu dinamismo, com pessoas comprometidas nas várias dimensões e movimentos da paróquia. Destaco positivamente a relevância, o trabalho e o compromisso, que são evidentes. No geral, são pessoas abertas, sociáveis e tolerantes que acedem àquilo que é o compaginar da realidade com a qual temos que nos cruzar e disponíveis para construir o futuro.

DM: Como encontrou a paróquia quando assumiu este compromisso?

Cónego Roberto Mariz: Inserida numa realidade que era imagem do anterior pároco, com um cuidado em procurar que o horizonte da fé fosse uma realidade congregadora em torno das pessoas, que é uma das nossas missões prioritárias, como párocos. A casa de Deus é sentida como uma realidade que nos dá sentido, que nos aprofunda na vida, na dinâmica de uma comunidade cristã que se reúne e congrega em torno da fé, em comunhão, uns com os outros, na amizade, na fraternidade e no bem. É uma semente que foi trabalhada e que agora, esperamos que continue a crescer, porque ainda não está terminada.

DM: Quais foram as principais dificuldades que detetou?

Cónego Roberto Mariz: Nas paróquias, a questão mais difícil é talvez conseguir mobilizar algumas pessoas que são mais indiferentes em torno da fé. Não, numa realidade específica em Lomar, mas no meio geral em que estamos inseridos e na época em que vivemos atualmente. E para transmitir o carinho de Deus é um trabalho e uma evangelização que precisa de muita serenidade para “dar os seus frutos”.

DM: Quais são os seus principais desejos para a paróquia?

Cónego Roberto Mariz: Poderei identificar três desejos. O primeiro é que se possa encontrar numa comunidade de família, os verdadeiros laços da bondade e união de uns com os outros, nas vivências que cada um tem. O segundo, que a realidade que é Deus surja como a primeira referência para o congregado. A paróquia só faz sentido em torno do evangelho de Cristo, que acolhemos, sentimos e amamos e não como uma realidade jurídica. O terceiro diz respeito às estruturas, aquilo que é denominado de respostas materiais. Que possam sempre acompanhar os tempos e as várias fases que cada família vive.

DM 27 de Junho de 2014