Arquidiocese de Braga -
30 junho 2014
BRAGA ESPERA DE NOVO BISPO PASTORAL GENEROSA E CONVICTA

A Arquidiocese de Braga espera do seu novo bispo auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, a mesma forma «generosa e convicta» como, durante 28 anos de sacerdócio, se entregou à Arquidiocese de Évora. O prelado, originário de Barcelos, foi ontem ordenado bispo
A Arquidiocese de Braga espera do seu novo bispo auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, a mesma forma «generosa e convicta» como, durante 28 anos de sacerdócio, se entregou à Arquidiocese de Évora. O prelado, originário de Barcelos, foi ontem ordenado bispo na Sé Catedral de Évora, numa cerimónia presidida pelo Arcebispo eborense, D. José Alves, e concelebrada por diversos bispos portugueses, pelo Núncio Apostólico, pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga e por um numeroso número de membros do clero.
Na homilia que proferiu na Missa de ordenação episcopal, o Arcebispo de Évora começou por salientar que a «Igreja de Évora exulta e canta com júbilo no momento em que um membro do seu presbitério vai ser agregado ao colégio dos sucessores dos Apóstolos e dado como bispo auxiliar à Arquidiocese Primaz de Braga».
De facto, a solenidade de S. Pedro e S. Paulo, este ano foi especial naquela arquidiocese portuguesa, atraíndo «muitos membros do clero e numerosos fiéis», entre os quais se incluíram os familiares do novo bispo, D. Francisco José Senra Coelho.
A Sé eborense ficou repleta com a numerosa assembleia de bispos, presbíteros, diáconos, membros de institutos de vida consagrada e de outras instituições eclesiais ou simples fiéis, provenientes de várias dioceses, «num hino de ação de graças a Deus, pelos maravilhosos dons que, continuadamente, concede à Sua Igreja, mediante a renovação do ministério episcopal, através do serviço hierárquico do Sucessor de Pedro, rocha firme sobre a qual Cristo assentou os alicerces da Igreja», exultou D. José Alves.
Falando da missão episcopal, o Arcebispo de Évora salientou «a partir da ordenação, o bispo nunca mais será um homem só e isolado». E acrescentou esperar que «no exercício do ministério episcopal, transpareçam, de forma harmoniosa, as funções de pastor, de pai, de irmão, de discípulo de Cristo, de mestre da fé e filho da Igreja».
De acordo com os ensinamentos de S. Pedro, o prelado eborense referiu que é esperado ao bispo que seja «modelo no meio da comunidade e imitando o Bom Pastor que ofereceu a vida pelas suas ovelhas».
De uma forma particular, D. José Alves recomendou a D. Francisco Senra Coelho que procure «incutir confiança a todos, principalmente, aos desalentados e oprimidos pela injustiça, aos que se encontram em provação e aos que vivem em ambientes culturais que obstaculizam a abertura ao transcendente». E salientou: «Do bispo espera-se que seja sentinela vigilante, profeta corajoso, testemunha credível e servo fiel de Cristo, que é a esperança da glória».
«Muitos dos que hoje estamos aqui temos conhecimento da forma generosa e convicta como, durante 28 anos de sacerdócio, te entregaste a esse serviço, que deixa marcas benéficas e indeléveis nos corações de muitas pessoas e em áreas pastorais diferenciadas», salientou D. José Alves, reconhecido ao sacerdote que acabava de “perder”.
Aliás, o Arcebispo de Évora frisou que o novo bispo auxiliar de Braga será recordado pela diocese alentejana «com saudade e como estímulo» para prosseguir «com entusiasmo e alegria a missão de construir o Reino».
D. Francisco José Senra Coelho, Bispo Titular de Plestia e auxiliar de Braga, era ontem um homem agradecido à Arquidiocese de Évora, Igreja onde viveu 34 anos e serviu pastoralmente durante 28 anos. «Se sou trigo vindo de uma família do Minho, foi em Évora que me tornei pão», afirmou no agradecimento final da cerimónia.
Reafirmando os princípios já revelados na entrevista que concedeu ao Diário do Minho e seguindo o lema “Que Ele cresça e eu diminua!”, D. Francisco Senra Coelho disse: «Ao olhar para a frente, num amanhã que vem já aí, vejo Braga, terra das minhas raízes. Com humildade e incondicional espírito de serviço, saúdo a Igreja bracarense».
Na sua intervenção, o novo bispo auxiliar de Braga, saudou e agradeceu: ao Papa Francisco, aos bispos presentes, à Arquidiocese de Évora - nas pessoas de D. José Alves e do Arcebispo emérito D. Maurílio Gouveia -, à família (a mãe estava presente), às paróquias, aos movimento eclesiais, ao Instituto Superior de Teologia de Évora, aos colegas de infância e a todo o povo.
DM 30 de Junho de 2014
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