Arquidiocese de Braga -

10 julho 2014

PROJECTO LITERÁRIO "CARMINA" REÚNE POETAS EM V.N. FAMALICÃO

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As interrogações de Deus na poesia são o mote do encontro literário "Carmina", nos dias 11 e 12, em Vila Nova de Famalicão, coordenado pelos escritores Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, que foi hoje apresentado em Lisboa. O encontro, realizado pela Fundaç

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As interrogações de Deus na poesia são o mote do encontro literário "Carmina", nos dias 11 e 12, em Vila Nova de Famalicão, coordenado pelos escritores Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, que foi hoje apresentado em Lisboa.

O encontro, realizado pela Fundação Cupertino de Miranda, em parceria com a Câmara Municipal, tem prevista a realização de vários debates, a apresentação da antologia poética "Carmina 1", e instantâneos de poesia nas ruas da cidade minhota, por Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger.

O auditório da Fundação é o cenário central do Carmina com a participação, entre outros, de Rui Lage, Jorge Sousa Braga, Fernando Echevarría, Armando Silva Carvalho e Fernando J. B. Martinho.

O encontro abre no dia 11, às 10:30, com uma conversa entre Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, moderada pelo poeta Sousa Dias, sobre o mote do encontro: "a interrogação de Deus na poesia portuguesa", seguindo-se uma palestra de Alex Villas Boas, na qual aborda a mesma questão, mas no âmbito da poesia brasileira.

Para a tarde do dia 11 estão programados dois painéis: "À poesia o que é da poesia e a Deus o que é de Deus" e "A poesia cabe dentro das antologias? Não. Então por que se fazem?".

O primeiro painel, moderado pela jornalista Maria João Costa, conta com a participação de Maria João Reynaud, Rosa Maria Martelo e Martinho J. B. Martinho; o segundo, coordenado por Pedro Sobrado, conta com a participação, entre outros, de Frederico Lourenço, Jorge Sousa Braga e dos coordenadores do Carmina.

No dia 12, é apresentada, às 10:00, a antologia editada no âmbito deste encontro, "Verbo: Deus como interrogação na poesia portuguesa. Carmina 1", coordenada por Pedro Mexia e Tolentino Mendonça, que reúne treze poetas.

Na "explicação" que antecede os poemas escolhidos lê-se: "Estamos conscientes de que entramos aqui a brincar com o fogo, contrariando ambos os lados de uma barricada. Uma antologia desta natureza tem, por isso, todos os ingredientes para constituir-se numa empresa falhada".

A obra reúne poemas de Vitorino Nemésio, Ruy Cinatti, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, José Bento, Ruy Belo, Cristovam Paiva, Pedro Tamen, Armando Silva Carvalho, Carlos Poças Falcão, Adília Lopes e Daniel Faria.

Na "explicação", afirma-se que a antologia se destina aos leitores que "sobretudo se interessam pela questão religiosa".

Em termos temporais, os coordenadores balizaram entre 1901 e 1971, tendo escolhido poetas portugueses "que fizeram da 'questão de Deus' um tema, motivo ou obsessão".

Cinco dos poetas escolhidos estão representados com 15 poemas por serem "determinantes numa compreensão da 'questão de Deus'". São eles, Nemésio, Sophia, Echevarría, Ruy Belo e Daniel Faria.

Apresentada a obra, que é editada pela Assírio & Alvim, o encontro famalicense encerra com a declamação de poemas pelos seus autores. A sessão, intitulada "Deus nunca acaba de ser dito pelos poetas", conta com a participação de Silva Carvalho, Poças Falcão e Echevarría.

Agência Lusa/SNPC