Arquidiocese de Braga -

A comunidade paroquial das Caxinas, do arciprestado e concelho de Vila do Conde, está popr estes dias a viver o alvoroço natural de quem prepara a sua festa maior: a Festa ao Senhor dos Navegantes. Trata-se de uma etapa anual que é vivida com fé e afinco por parte de toda a comunidade, preparando, entre outras iniciativas, aquela que é considerada a maior procissão do Norte e uma das maiores, se não a mais grandiosa, manifestação pública de fé de todo o país.

Este ano as festividades celebram-se em cinco dias. De facto, é o calendário que ordena que aquelas festas tenham mais ou menos dias. Segundo já explicou o pároco ao Diário do Minho, a procissão em honra de Nosso Senhor dos Navegantes realiza-se sempre no primeiro domingo do mês de agosto, mas as festas incluem sempre o dia de aniversário da dedicação da igreja paroquial, e o dia da festa litúrgica de Nosso Senhor dos Navegantes. Assim, as festas vão decorrer entre 2 e 6 de agosto.

Monsenhor Domingos Ferreira Araújo indica haver anos em que as solenidades se prolongam por sete dias, enquanto que noutros tudo se concentra num fim-de-semana.

As festividades daquela singular comunidade piscatória começam na véspera da grande procissão, com uma caminhada, às 09h30, que ligará a popularmente conhecida “Igreja do Barco”ao Castelo de Vila do Conde.

Durante o dia decorrem jogos da malha, do galo e o início do habitual torneio de futebol juvenil.

Às 22h00, no recinto da escola do 1º Ciclo, decorre o festival musical com Patrícia Mendes, na primeira parte, e Lucas e Mateus, na segunda parte. 

A noite encerra com uma sessão de fogo de artifício, às 00h30.

No domingo, dia 3, destaque para as entradas festivas, a partir das 15h00, primeiro da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca e, depois, para a Banda de Música Pinheirense, de Albergaria-a-Velha.

Às 16h00 é dado início à procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, a principal manifestação de fé do povo das Caxinas e sempre uma iniciativa que envolve diretamente mais de um milhar de pessoas. 

São 16 os andores religiosamente preparados e embelezados por dezenas de mulheres que percorrem diversas ruas da localidade: de Senhor dos Navegantes, da Senhora da Bonança (os dois maiores e mais pesados andores), da Senhora de Fátima, da Senhora da Luz, da Senhora da Graça, do Coração de Jesus, do Cristo Rei, de S. José, de S. Pedro, de S. Paulo, de S. Clemente, de S. Francisco, de Santo António, de Santa Rita, de S. Sebastião e do Senhor da Prisão.

O itinerário é o habitual e sempre pejado de milhares de pessoas que se acotovelam para poderem ver os quadros catequéticos e bíblicos que, para além dos andores, são preparados e mostrados por muitas crianças, jovens e adultos da paróquia.

Pelas 19h00, depois da procissão, a Banda de Música Pinheirense atua na escadaria da igreja, o mesmo local onde, às 22h00, decorre uma sessão de fados.

Na segunda-feira, dia 4, às 18h30, destaque para as solenidades religiosas do 29º aniversário da dedicação da igreja paroquial. Às 22h00, atua na igreja o Coror de Santa Cecília de Vila do Conde.

Inaugurada e dedicada no dia 4 de agosto de 1985 em cerimónia presidida pelo então Arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, o principal templo das Caxinas é, ainda hoje, tido como um projeto arrojado, inovador, que não deixa ninguém indiferente.

A autoria do projeto de arquitectura é do padre Manuel Gonçalves, que não veria, contudo, a sua obra acabada, uma vez que faleceu a meio da construção da igreja, que durou cerca de três anos e meio.

O programa da festa prossegue no dia 5 com a continuação do torneio de futebol juvenil e, às 22h00, com o festival folclórico.

No dia 6 de agosto, Caxinas celebra o dia do seu padroeiro, com a final do torneio de futebol, as solenidades religiosas, às 18h30, e o concerto musical com “Zé Amaro”, às 22h00. À meia-noite é lançada uma sessão de fogo de artifício.