Arquidiocese de Braga -
4 agosto 2014
VISITA DÁ A CONHECER HISTÓRIA DA SENHORA-A-BRANCA
 
                        
            
O capelão da igreja da Senhora-a-Branca deu ontem a conhecer a história e os testemunhos que provam a antiguidade deste templo do centro da cidade de Braga. A iniciativa, inserida nas festas da Senhora das Neves, que terminam hoje, cativou um grupo de cur
O capelão da igreja da Senhora-a-Branca deu ontem a conhecer a história e os testemunhos que provam a antiguidade deste templo do centro da cidade de Braga. A iniciativa, inserida nas festas da Senhora das Neves, que terminam hoje, cativou um grupo de curiosos que tomou nota de todos os pormenores revelados pelo padre Carlos Vaz. Segundo explicou, a mais antiga referência que existe sobre a devoção à Senhora-a-Branca é do Arcebispo D. João de Soalhães que, no seu testament de 1319, deixava 60 libras à «ermida de Nossa Senhora das Neves-a-Branca, junto a São Vítouro».
Sabe-se também que, no século XVI, o Arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, terá mandado reconstruir o templo, substituindo a ermida por uma igreja. Mais tarde, nos finais do século XVII e princípios do século XVIII, o templo sofreu novamente obras que terão dado ao templo a configuração que conhecemos hoje. Mais recentemente, foi realizada uma intervenção que permitiu trazer à luz do dia as duas colunas quinhentista, que a Irmandade decidiu preservar e mostrar.
Ao Diário do Minho, o sacerdote sublinhou a importância deste tipo de iniciativas, que dão a conhecer o valor e a história dos monumentos. «É importante porque só se ama o que se conhece. E a começar por mim, ao estudar a história desta igreja descobri que há, de facto, conhecimentos passados que, além de nos honrarem muito, nos comprometem no presente e nos dizem que tem sentido continuar esta obra, que tem mais de sete séculos de existência», disse.
Sendo um dos historiadores que mais concentrou as suas atenções sobre a Igreja da Senhora-a-Branca, o padre Carlos Vaz está a preparar um livro, precisamente, sobre a história deste templo e da Irmandade da Senhora-a-Branca, que poderá ser editado em 2016. Segundo revelou, neste momento 90 por cento do livro está já concretizado, faltando apenas apurar, refletir e estudar dois momentos.
«Falta-me descobrir as atas de 1751 a 1766, quando a Confraria da Senhora-a-Branca esteve unida à Confraria dos Príncipes dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, sediada na Lapa. O que se fez aqui nesses 15 anos não está nos nossos livros, mas deve estar nos livros dessa confraria, se existirem. Espero que sim e que possa ter acesso a isso», disse.
Por outro lado, falta ainda conseguir ler e apreender o essencial do contrato de união da Confraria da Senhora-a-Branca com a Confraria dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. «São 180 páginas que eu entreguei a um historiador que me está resumir o document para depois juntar ao livro», acrescentou. Quando estas tarefas estiverem concretizadas e a informação bem estruturada, o padre Carlos Vaz espera editar o livro em 2016, para coincidir com a celebração dos 500 anos da Confraria da Senhora-a-Branca.
DM 3 de Agosto de 2014
Partilhar