Arquidiocese de Braga -

24 março 2015

Exposição pode ser mote para reavivar procissões desaparecidas

Fotografia Flávia Barbosa | Fotografia: Avelino Lima

Mostra “A Semana Santa nos Arquivos da Cidade” conta com alguma documentação, objetos e painéis alusivos à história dos principais momentos na Semana Santa bracarense entre os séculos XVI e XIX.

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Foi ontem inaugurada pelas 17h30 a  exposição “A Semana Santa nos Arquivos da Cidade”, no Salão Medieval do Largo do Paço.

Organizada pela Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa, pela Câmara Municipal de Braga, pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho e  pela Santa Casa da Misericórdia de Braga, a exposição está patente até dia 10 de abril. 

A mostra conta com alguma documentação, objetos e painéis alusivos à história dos principais momentos na Semana Santa bracarense entre os séculos XVI e XIX.

Entre as principais fontes documentais são de salientar os Livros de Compromissos das Irmandades e Confrarias e os livros de Atas, que complementados por livros de despesa, permitem identificar as dinâmicas inerentes à sua composição.

De especial relevo é também o painel evocativo da Procissão das Cinzas, desaparecida desde o ano de 1905.

A cerimónia de inauguração contou com uma encenação por parte de um farricoco que, indistintamente, divulgou os supostos segredos e crimes de alguns dos presentes, exortando-os à confissão e penitência.

A presidente do Conselho Cultural da Universidade do Minho, Eduarda Keating, elogiou o «riquíssimo património das tradições da Semana Santa», sendo imediatamente corroborada pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Bernardo Reis.

«Regozijo por trabalharmos em partilha para mostrar o vasto património cultural da cidade de Braga», sublinhou.

A vereadora da Câmara Municipal, Lídia Dias, também usou da palavra para reiterar a importância da mostra e lançar alguns desafios.

«Esperamos que esta mostra seja acolhida nos corações e mentes de todos e que possamos fazer crescer ainda mais esta semana. A exposição poderia até tornar-se itinerante e levar algumas das procissões desaparecidas a serem relançadas e apreciadas por todos», incitou. 

O cónego Jorge Coutinho reforçou a relevância da exibição ao apontá-la como um marco que permite refazer a história das Solenidades.

«Temos aqui uma exposição de riqueza extraordinária e simbolismo especial, já que se trata de um agrupar de conhecimento que pode servir para fazer a história da Semana Santa bracarense. É de extrema importância que todos conheçamos a sua história», afirmou.

O lugar escolhido para a mostra foi amplamente elogiado pela organização, dado tratar-se de um «local acessível e muito convidativo».