Arquidiocese de Braga -
8 outubro 2015
4 M's: a Magia das Mãos, da Madeira e da Música
DACS
A mostra está patente até ao dia 19 de Novembro nos horários normais de funcionamento do Museu Pio XII.
No Sábado, dia 10 de Outubro, é inaugurada a exposição "4 M's: a Magia das Mãos, da Madeira e da Música" no Museu Pio XII.
A mostra é composta por 23 instrumentos musicais, "desde violinos a violas, de uma rabeca a uma crota, ainda um alaúde, uma bandolineta, um bandolim, uma bandoleta, uma bandola, um bandoloncelo, guitarras e cavaquinhos", todos da autoria do construtor Joaquim Domingos Capela.
Os visitantes da exposição podem ainda apreciar os materiais e ferramentas empregues na confecção dos instrumentos musicais, assim como perceber todo o seu processo de construção.
A mostra está patente até ao dia 19 de Novembro nos horários normais de funcionamento do Museu Pio XII.
Joaquim Domingos Capela
Domingos Capela nasceu a 3 de Dezembro de 1934, na freguesia de Anta, concelho de Espinho. Com 7 anos tornou-se aprendiz do pai, Domingos Ferreira Capela, violeiro de profissão. Dois anos depois construía o primeiro violino.
Frequentou o Curso de Serralharia Mecânica, com óptimo aproveitamento e méritos reconhecidos. Terminou o curso em 1952. Voltou à oficina do pai, talhando “as cabeças” dos violinos.
Seguiram-se os cursos de Electrónica e Máquinas (concluído em 1958) e Engenharia Civil e Electrónica, em Coimbra (concluído em 1964).
Várias experiências e ocupações profissionais adiaram o regresso de Joaquim Domingos Capela aos violinos e a outros instrumentos de corda. Mas a década de setenta viu aparecer um segundo violino, oferecido ao filho José.
Na década de 80 replicou o violino “Cannon”, de Giuseppe Guarnerius “del Gesù”, datado de 1742, doado pelo célebre violinista Nicolau Paganini à cidade de Génova, e homenageia o pai dedicando-lhe uma dedilhada, uma guitarra portuguesa (modelo Coimbra), um bandolim napolitano (modelo português) e um cavaquinho (modelo Lisboa).
Joaquim Capela doou a Amália Rodrigues, em 1986, uma guitarra portuguesa. Na cabeça desse instrumento embutiu o nome “Amália”, talhou a proa de dois barcos e uma corda, e simbolizou as asas de uma gaivota, para “dizer” que Amália, ao contrário dos navegadores portugueses que partiram de Lisboa à descoberta do mundo, “voou” para o mundo, para que o mundo descobrisse Portugal.
As mãos de Joaquim Domingos Capela produziram, até hoje, cerca de 135 instrumentos.
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