Arquidiocese de Braga -

13 novembro 2015

Despedidas e homenagens ao Cónego Jorge Coutinho

Fotografia Fotografia: DR

DACS

O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, recordou o cónego Jorge Coutinho como um "discípulo missionário" e um sacerdote de "coração compadecido", durante a celebração da Missa exequial.

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Esta Terça-feira celebrou-se a Missa exequial pelo cónego Jorge Coutinho, falecido na Segunda-feira, dia 9 de Novembro. O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, presidiu à celebração e destacou o papel do cónego Coutinho na “estruturação do pensamento crítico de milhares de alunos que se cruzaram com ele na sua vida de 76 anos”.

A cerimónia teve lugar na Sé de Braga, onde estiveram presentes várias centenas de fiéis, sacerdotes e representates de instituições civis. D. Jorge Ortiga disse acreditar que todos sentiam que “o cónego Jorge Coutinho foi um escolhido de Deus e que ouviu, certo dia, a voz de Deus a dizer-lhe «segue-me», «imita-me»”. “Foram muitos os momentos, as ocasiões, as entregas e as lutas que travou para se converter num discípulo missionário, num sacerdote com um coração compadecido”, acrescentou.

Foi com um “obrigado” que o Arcebispo Primaz encerrou a homilia, após ter apontado o cónego Jorge Coutinho como “testemunha” e “inspiração” do “caminho de misericórdia” para a Igreja de Braga.

Ao longo da semana foram vários os que quiseram prestar a sua homenagem ao sacerdote falecido. Partilhamos, de seguida, algumas delas, juntamente com o link para o documento integral.

 

Mons. Domingos da Silva Araújo

“Conheci o Jorge não apenas reservado mas também brincalhão, com um sorriso que muito o caraterizava. Conheci o Jorge discreto, amável, respeitador, condescendente, mas também firme e humanamente duro sempre que as circunstâncias o exigiam.”

“Conheci o Jorge solidário e atento às necessidades dos outros, alguns dos quais abusaram da sua bondade.”

 

Abílio Peixoto (jornalista)

Ele foi um dos sacerdotes mais amáveis com quem me relacionei e um dos que mais estimei ao longo dos últimos 40 anos.”

Não tenho quaisquer dúvidas de que Deus já o recebeu no seu Reino. Creio mesmo que, agora, se ele tivesse a oportunidade de redigir o seu próprio epitáfio, escreveria: “Deus chamou-me de volta!”...”

 

Domingos Alves (vogal da Junta de Freguesia de S. Vicente)

O Prof. Jorge Coutinho deixa um lugar muito difícil de preencher, quer na esfera do múnus pastoral, em que foi um exímio cumpridor, quer na qualidade de emérito docente e abalizado intelectual.”

O Doutor Jorge Coutinho era, sem dúvida alguma, um verdadeiro intelectual, que só passava despercebido a quem não estivesse atento.”

 

Cónego Luís Miguel Figueiredo Rodrigues

Estamos gratos ao Senhor por todo o bem que o Cónego Jorge Coutinho realizou e através do qual a presença misericordiosa de Deus se tornou mais visível e eficaz nos diversos contextos em que realizou o seu ministério.”

Houve muitas áreas em que o Reverendo Cónego Jorge Peixoto Coutinho se notabilizou: pensador, professor, pedagogo, capitular... estas e outras áreas que realizou com mestria e profundo sentido sacerdotal, imolando-se para que Deus fosse mais conhecido e amado pelos seus contemporâneos.”

 

António Costa Guimarães (jornalista) 

Ele é uma das pessoas que tingem as nossas vidas, que não se esquecem, porque quando percebemos estão ao nosso lado, já marcaram nossos dias e conquistaram o nosso coração.”

Centenas de jovens se emanciparam, como eu, com ele, nos Seminários de Santiago e Conciliar e perceberam que havia naquele homem um sopro de Liberdade, uma alma de Serviço, um corpo de Tolerância.”

 

Pe. José Lima

“Era assim o professor Jorge Coutinho: refletia antes de falar e escrevia o que queria dizer. Não cansava com grandes palestras de formação ou com aulas, mas deliciava-nos com textos dignos de um clássico, não fosse ele um dos saídos de Coimbra que brilhavam na discrição.”

Quem não quer dizer obrigado a um sábio?”