Arquidiocese de Braga -
24 março 2016
Na audiência geral dedicada ao tríduo pascal o Papa pede a todos que se unam na firme condenação dos atentados terroristas de Bruxelas
\nUm ave-maria e uma oração silenciosa «pelos
mortos, feridos, familiares e por todo o povo belga»: pediu o Papa Francisco no
dia seguinte os atentados terroristas ocorridos na terça-feira 22 de março em
Bruxelas. E todos os fiéis presentes na praça de São Pedro para a audiência
geral de quarta-feira 23 uniram-se ao Pontífice, testemunhando proximidade à
população, aos familiares das vítimas e a quantos se encontram hospitalizados
devido às consequências daqueles que Francisco definiu sem meios termos
«abominações cruéis que estão a causar só morte, terror e horror».
Dirigindo um novo «apelo a todas as pessoas
de boa vontade para que se unam na condenação unânime» de quanto aconteceu, o
Papa convidou a «perseverar na oração e a pedir ao Senhor, nesta semana santa,
que conforte o coração dos aflitos» e sobretudo «que converta os corações» dos
atentadores, definindo-os «pessoas obcecadas pelo fundamentalismo cruel».
Precedentemente, prosseguindo as reflexões
semanais sobre o tema do Ano Santo, Francisco tinha falado do tríduo pascal no
jubileu da misericórdia. «Viveremos a Quinta-feira, a Sexta-feira e o Sábado
santo – exortou – como momentos fortes que nos permitirão entrar cada vez mais
no grande mistério da nossa fé. Tudo, nestes três dias, fala de misericórdia,
porque torna visível até onde pode chegar o amor de Deus», que «não tem
limites» e «não conhece obstáculos». Aliás, explicou, «a paixão de Jesus dura
até ao fim do mundo, porque é uma história de compartilha dos sofrimentos de
toda a humanidade e uma presença permanente nas vicissitudes da vida pessoal de
cada um de nós». Em síntese, «o tríduo pascal é memorial de um drama de amor
que dá a certeza de que nunca seremos abandonados nas provação da vida».
Francisco falou de modo particular do
Sábado Santo, «dia do silêncio de Deus. Deve ser um dia de silêncio –
acrescentou ao texto preparado – e nós devemos fazer o possível a fim de que
para nós seja realmente um dia de silêncio, como foi naquele tempo: o dia de
silêncio de Deus». Neste compromisso, disse, «far-nos-á bem pensar no silêncio
de Nossa Senhora, «a crente», que em silêncio estava à espera da ressurreição.
Nossa Senhora deverá ser, para nós, o ícone». E a este propósito o Pontífice
falou da experiência de Juliana de Norwich (1342-1416), a mística inglesa «que
escreveu páginas sublimes sobre o amor de Cristo».
Audiência geral ...
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