Arquidiocese de Braga -

20 junho 2016

D. Nuno Almeida conclui doutoramento em Teologia Dogmática

Fotografia DACS

DACS

Tese tem como tema a “Busca de Sentido da Vida e Reconciliação Cristã. Leitura teológica do pensamento de Viktor Frankl”.

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D. Nuno Almeida concluiu hoje o Doutoramento em Teologia Dogmática ao defender publicamente a tese “Busca de Sentido da Vida e Reconciliação Cristã. Leitura teológica do pensamento de Viktor Frankl” na Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Salesiana, em Roma. 

O prelado procurou fazer uma leitura teológica do pensamento de Frankl, “tentando unir de maneira dinâmica o binómio «sentido da vida» e «reconciliação cristã»”.

D. Nuno Almeida lançou várias questões sobre como reencontrar o sentido da vida depois da “ofensa, injustiça, da violência, depois da quase morte do sentido”, ou mesmo se será possível “reparar o irreparável” ou “expiar o inexpiável”. De acordo com Frankl, a reconciliação com a vida acontece quando existe busca e a activação do sentido para a existência pessoal e colectiva.

“Para que isto se realize há que desenvolver a capacidade pessoal de entrega, de saída de si mesmo e percorrer as vias da auto-transcendência. Trata-se de orientar a vida para algo ou para alguém (Alguém), vencendo permanentemente a tentação da autossuficiência e de uma existência centrada (ocupada e preocupada) em si mesma”, escreveu o Bispo Auxiliar na pesquisa que procurou aprofundar a reconciliação como fruto da busca de sentido, “pois a luz do sentido ilumina o passado, reinterpreta o presente e abre o caminho do futuro”.

A dissertação dividiu-se em três partes. Na primeira, D. Nuno procurou apresentar o horizonte em que se move a actual teologia da reconciliação. A etapa seguinte dedicou-se inteiramente ao pensamento de Frankl, através de dados biográficos e bibliográficos que ajudam a fundamentar as suas reflexões. Já a terceira parte, foi sistemático-operativa e procurou objectivamente o diálogo inter-disciplinar “no contexto de uma teologia concreta, situada, que penetre na vida e problemáticas actuais”.

“Compreendemos assim que a qualidade e o valor do ministério da reconciliação confiado à Igreja e o seu limite, não derivam primordialmente da ordem da eficácia, mas sim do sentido; não tanto da ação ou exemplaridade, mas da transparência com que remete para Aquele de quem provém. Dependem, portanto, da capacidade de significar, imediatizar, tornar presente, audível e visível o rosto de Jesus Cristo Ressuscitado que acolhe, perdoa e reconcilia”, concluiu o Bispo Auxiliar de Braga.