Arquidiocese de Braga -
6 julho 2016
Papa. Paz na Síria requer “solução política”, não militar
DACS
O Santo Padre divulgou uma mensagem em vídeo no âmbito da campanha "Síria: a paz é possível".
“Hoje desejo falar de algo que enche de tristeza o meu coração: a guerra na Síria, que já entrou no seu quinto ano”, refere o Papa Francisco numa mensagem em vídeo onde apela à paz na Síria.
Na mensagem que surge no âmbito da campanha “Síria: a paz é possível”, promovida pela Cáritas Internacional, o Santo Padre deixa um alerta: “Todos devem reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria, mas somente uma solução política”.
Francisco denuncia os países que gastam “incríveis somas de dinheiro no fornecimento de armas aos que fazem a guerra” e que, em alguns casos, “estão entre os países que apelam à paz”.
“Como podemos acreditar em alguém que nos acaricia com a mão direita e nos golpeia com a esquerda?”, interroga, enquanto apela à comunidade internacional para “apoiar as negociações de paz”.
O Sumo Pontífice sublinhou ainda o sofrimento “indizível” de que o povo sírio é vítima, sendo obrigado a “sobreviver debaixo de bombas”, ou a fugir para outros países ou para zonas da Síria menos fustigadas pela guerra.
Na procura do envolvimento de todos nesta missão, o Papa deixou ainda um convite aos cristãos para rezarem “pela paz na Síria e pelo seu povo, em vigílias de oração, em iniciativas de sensibilização com grupos, paróquias e comunidades, para difundir uma mensagem de paz”.
A Cáritas recorda, em comunicado, que a guerra na Síria já causou 6,5 milhões de deslocados internos, 4,8 milhões de refugiados e mais de 230 mil mortos.
“Síria: a paz é possível”
A campanha "Síria: a paz é possível" foi lançada pela Cáritas com o objectivo de pressionar os governos a encontrar soluções políticas para o conflito na Síria e apelar à comunidade internacional para “trabalhar activamente para o processo de paz”.
Para promover a campanha, a Cáritas lançou um portal (syria.caritas.org) onde inclui testemunhos de sírios (em texto e vídeo), fotografias, dados sobre o conflito e sobre a intervenção da Cáritas, material de divulgação da campanha e sugestões sobre possíveis acções da população para que todos possam dar o seu contributo em prol desta causa.
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