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XXII Domingo Do Tempo Comum

A ATITUDE

Há certas atitudes que temos de tomar…
Por muito que nos custe e
que tenhamos a certeza de que seremos mal vistos e mal interpretados,
sabemos no fundo do nosso ser
que temos de falar ou de fazer algo para denunciar o que está errado!
Perder tempo com faltas de coragem e
com omissões é negarmos quem somos,
é negar a nossa Fé, é dizer que não sabemos ser Cristãos!

Durante anos,
quando se avistava uma cruz sabia-se que uma Igreja estava próxima.
A Cruz era sinal de Comunidade, de Partilha e de Fração do Pão.
A União Fraterna entre os primeiros Cristãos
era sentida por muitos que não conheceram, nem privaram com Jesus…
Este foi um dos motivos pelo qual a Cruz, a Vida de Amor que o Cristo nos legou,
se espalhou pelos 4 cantos da terra de uma forma fugaz:
As pessoas amavam-se… com gestos simples e humildes de entreajuda…
com palavras de misericórdia e de compaixão… com a própria Vida!

Não é fácil ser olhado de canto, porque afirmamos que todos os fins-de-semana participamos na Eucaristia…
Não é fácil quando fazem chacota de nós, só porque rezamos o terço todas as noites…
Não é fácil ver os sorrisos de espanto
ao escutarem um cântico litúrgico que sai, repentinamente, da nossa boca…
Não é fácil vivermos, realmente, a anunciar esta Fé exigente e alegre que Jesus nos ensinou:
«Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.…

Hoje, Maria, Nossa Mãe, mais do que nunca entende-nos e quer ser o nosso Cireneu…
É Nossa Senhora quem divide connosco as angústias do dia-a-dia!
É a Mãe de Jesus que nos coloca o fogo no peito e a Fé nos pés,
para não nos conformarmos com este mundo e aguardarmos com toda a serenidade
“O Filho do homem que há-de vir na glória de seu Pai”.

Hoje, no 22º Domingo do Tempo Comum do Ano A,
Aquele Jesus que arrastava multidões… pelo qual os jovens corriam para escutar…
já não é “fashion”… “está demode”… “Não tem pinta!”…
tem apenas Amor…
um Amor que vem da loucura de Servir os outros e de Amar a todos sem distinção!
É um Deus de Vida!
Um Deus que nos deu a Sua própria vida para que nunca mais alguém a tivesse de perder…
Um Deus que está sempre pronto a perdoar e a acolher-nos…
Um Deus que sacia a sede que temos do convívio com o próprio Deus…

Pede-nos tão pouco…
Quer seduzir-nos e quer que permitamos ser seduzidos…
quer ser a sombra que nos cobre e nos refresca…
quer ser o nosso refúgio e a mão que nos ampara…
tudo isto e muito mais em troca de ATITUDE!