Arquidiocese de Braga -

15 fevereiro 2018

Quaresma e Educação Cristã de Adultos: Uma oportunidade de encontro

Fotografia

Formação de Adultos

Texto de reflexão

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Neste tempo de graça, favorável ao encontro com Deus, somos convidados à prática das boas obras jejum, oração e esmola, não para sermos vistos pelos homens, mas com sinceridade de coração, de tal modo que, assim, possamos responder a Jesus (cf. Mt 6,1ss), que nos pede para sermos autênticos nos nossos gestos, e os mesmos serem a prova da nossa conversão interior. Desejamos que a Quaresma seja um tempo de reflexão, em ambiente de silêncio e oração, para escutarmos, refletirmos, recordarmos e reagirmos à vida quotidiana a partir da vontade de Deus. Queremos fazer deste tempo uma oportunidade para, diante do Senhor, escutarmos o que podemos e devemos fazer para encontrar e motivar os adultos a uma verdadeira “formação cristã dos adultos” (ou mistagogia).

Queremos aprender a doarmo-nos por gratuidade, a escutarmos atentamente a Sua voz, a jejuarmos do pecado, a praticarmos a caridade, despojando-nos dos interesses deste mundo, num caminhar com Ele e para Ele (cf. Ef 1,7).

Vamos fazer o caminho da conversão. Iniciá-lo-emos com o símbolo das cinzas, a recordar-nos a nossa finitude, conscientes de que é pelo arrependimento e pela fé na Palavra de Deus que chegaremos à autêntica alegria da vigília pascal, em que as cinzas darão lugar ao fogo, à água, à luz, aos sinais de Cristo Ressuscitado, d’Aquele que venceu a morte em que o pecado nos trazia, porque Ele é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).

Enquanto Departamento de Educação Cristã de Adultos, e dada a reflexão que temos vindo a fazer a partir do livro Hora de mudança na transmissão da fé – A urgência da pastoral de gestação do Pe. Tiago Neto, em unidade com o Plano Pastoral “Despertar Esperança”, sentimos que uma das propostas que Jesus nos pede, neste tempo quaresmal, é de limparmos, com a ajuda da Sua graça, todas as contaminações que nos impedem de em tudo o que fazemos o fazermos bem, quer na ordem da ciência, da filosofia, da teologia, da competência, da preocupação…, não procurando outro alvo que não seja restaurar o plano criador de Deus a partir das oportunidades e sinais dos tempos de hoje.

Assim, que toda a nossa oração e o nosso trabalho comecem no Senhor, e que tudo o que começamos por Ele chegue ao fim: à adesão e à conversão à pessoa de Jesus Cristo.

 

Manuela e António Galvão