Arquidiocese de Braga -

20 abril 2018

Crónica para o IV Domingo de Páscoa – Ano B - 22 de abril de 2018

Fotografia

Liliana Dinis

«seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é.»

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IV Domingo de Páscoa - Ano B

       «…o Pai Me ama: porque dou a minha vida…»

O que faz de cada um de nós seres felizes? Quem terá o condão de ser feliz eternamente?
Existirá algo ou alguém que sabe realmente o que é ser feliz? O que é ter Felicidade?
Será como a realização de um filme? Ou uma bela narrativa repleta de ficção?
Os noivos à porta da igreja, quando terminaram, há menos de uma hora, de responder:
“SIM!” um ao outro, são uma das muitas imagens de felicidade!
Um casal com o filho recém-nascido nos braços tem estampado na face a felicidade!
Um avô quando o neto recebe o seu diploma da universidade tem um sorriso repleto de felicidade!
Eu e tu quando fazemos o que mais amamos esboçamos um brilho no olhar que emite felicidade!

Em cada um desses momentos sentimos Deus a afagar-nos o rosto.
Rapidamente, a Esperança desperta em cada um de nós a certeza de que a nossa Fé não é privatizada.
Queremos que a vocação, que o Pai nos semeou no peito, cresça e seja vida boa e farta em alegria!
Ambicionamos a bênção de Deus e rezamos para que nos proteja, que nos cure das nossas faltas de Fé,
que nos defenda do mal, que nos salve, sempre…

Nesta temporada, o episódio menos bom da «pedra que vós, os construtores, desprezastes e
que veio a tornar-se pedra angular»
, vem aguçar-nos o gosto pela VIDA, pela Comunhão Fraterna,
por pregarmos «em nome de Jesus Cristo, o Nazareno» uma só Fé:
«seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é.»
E… quando os nossos olhos virem o que o nosso coração sente, aí encontraremos a Felicidade plena!

Hoje, no 4º domingo da Páscoa, do Ano B, S. João vem tranquilizar o nosso coração
com um elenco perfeito para que a nossa busca faça sentido e seja ainda mais assertiva.
No dia em que estivermos com os olhos postos em alguém capaz de enfrentar lobos esfomeados e ferozes,
estaremos de joelhos a adorar Jesus, O Bom Pastor!

«Eu dou a vida pelas minhas ovelhas.»
Só mesmo Jesus, o Messias, para afirmar de uma forma tão doce, algo tão árduo para se fazer…
Passar da Palavra à ação é o que faz as nossas pernas tremerem!
Mas, também é o que nos movimenta a VIDA…
O que nos leva por caminhos íngremes e solitários, onde escutamos a Voz de Deus…
Onde Deus sente o palpitar das nossas incertezas, os nossos passos mal-amados e vem…
Vem ao nosso encontro e resgata-nos dos lobos maus (criados por nós próprios)
que nos afastam da vocação que habita em cada um de nós!

Jesus é o exemplo que devemos ter sempre em mente, para alcançarmos o tal final: “Felizes para sempre!”
A frase, sobre a VIDA, que nos deve ficar no ouvido é:
«Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente.»
Esta é a moral da nossa história: Temos de ser nós a dar de livre e de forma espontânea a nossa vida!

Hoje, Jesus o Bom Pastor, vem entregar a cada Pastor da Sua Igreja umas Galochas fortes e poderosas…
Com a capacidade de atravessar pântanos e areias movediças da falta de Fé!
Com a robustez para enfrentar uma matilha de lobos sedentos de silêncio e oração!
Com a coragem para alimentar os seus rebanhos com Palavras e gestos de Amor verdadeiro!
Hoje, o Bom Pastor quer estar contigo,
para dares «graças ao Senhor, porque Ele é bom, 
porque é eterna a sua misericórdia»
 e,
para que entregues a tua VIDA com um sorriso nos lábios…
à imagem dos Sacerdotes, como o Papa Francisco,
que são felizes ao espalharem a felicidade
por TODOS os que por si passam…


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