Arquidiocese de Braga -

10 maio 2018

Retiro Espiritual

Fotografia

Formação de Adultos

“Faça-se Luz!” (Génesis 1, 3)

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Nos passados dias 30 de abril e 1 de maio, os membros das Equipas Arciprestais de Catequese e os membros do Departamento Arquidiocesano de Educação Cristã de Adultos estiveram num retiro espiritual, na Casa da Torre, em Soutelo, Vila Verde, sob a coordenação do Padre Paulo Duarte, sj.

Santo Inácio, na sua obra Exercícios Espirituais, diz-nos que os exercícios espirituais têm como objetivo examinar a consciência, meditar, contemplar e orar com todo o corpo para tirar de si todas as afeições desordenadas e, depois de tiradas, procurar e achar a vontade divina na disposição da sua vida para viver plenamente e em Cristo a vida de liberdade que Deus nos dá.

A partir dos mandamentos fundamentais: Amar a Deus sobre todas as coisas e Amar ao próximo como a si mesmo, a reflexão centrou-se sobre a importância de se amar a si mesmo de forma inteira, de aprender a fazer luz sobre todo o próprio eu, toda a história pessoal, iluminar todos os recantos sombrios, para que da sombra se faça luz e se consiga amar essa sombra, conduzindo cada indivíduo a amar o próximo como a si mesmo, seja ele quem for. Feito este exercício e pondo-o em prática, será possível amar a Deus de forma verdadeira e plena. Só assim seremos bons samaritanos e estaremos ao serviço do próximo, ao serviço de Deus.

Para tal, os intervenientes foram interpelados pelo Pe. Paulo Duarte a deixarem fazer luz sobre tudo o que poderia estar escondido, na sombra, para que das trevas nascesse a luz, o amor de si mesmo: “Faça-se Luz!” (Génesis 1, 3) sobre todo o ser. Relembrou que era essencial despir-se das máscaras que vamos adotando, das capas que vestimos para nos encobrir e esconder, permitindo o silêncio da escuta, e descobrir “Onde estás?” (Génesis 3, 9). O caminho exige encontrar respostas para as interpelações “Quem sou? Como estou? Ondes estou?”. É Deus que nos procura, é Deus que nos ama totalmente com todos os nossos defeitos, conhece-os todos, mas ama-nos a cada um de nós nas nossas perfeições e imperfeições, de forma gratuita, simplesmente comos somos. Aprendamos a amar-nos assim!

 

Joana Marcos