Arquidiocese de Braga -

18 dezembro 2018

Cáritas assinala Dia Internacional dos Migrantes

Fotografia Oliver de Ros—AP/Shutterstock

DACS

A Cáritas Portuguesa realça que o Pacto Global para as Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares é “um passo em frente” para a resolução de uma das “mais abrangentes preocupações humanitárias dos nossos tempos”.

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A Cáritas Portuguesa “congratula-se” pelo Pacto Global para as Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares, adoptado na Conferência Intergovernamental das Nações Unidas, em Marraquexe, Marrocos, e considera que o documento traz perspectivas de “colaboração e respeito pelos direitos humanos”.

“[O Pacto] oferece uma perspectiva de colaboração e respeito pelos direitos humanos, ao mesmo tempo que aponta questões urgentes como a necessidade de existirem canais seguros e legais para as migrações, o contributo dos migrantes para o desenvolvimento e a luta contra o tráfico humano e exploração laboral”, afirma a organização católica no contexto do Dia Internacional dos Migrantes, que se assinala hoje.

Em comunicado, a Cáritas Portuguesa realça que o Pacto Global para as Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares é “um passo em frente” para a resolução de uma das “mais abrangentes preocupações humanitárias dos nossos tempos”.

“A adopção e implementação do Pacto Global para as Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares serão passos importantes para os governos combaterem a crescente onda de estigma em torno das migrações e assegurar que a dignidade humana e os direitos são respeitados”, presidente da Cáritas Internacional, o cardeal Luis Antonio Tagle.

Dos 193 países da Organização das Nações Unidas, 164, onde se inclui Portugal, adoptaram o instrumento não legalmente vinculativo no dia 10 de Dezembro. O documento vai a votação final esta Quarta, dia 19, na Assembleia Geral da ONU.

Para a organização católica, este é um instrumento que prova que o nacionalismo, populismo e xenofobia “não podem triunfar quando existem alternativas de cooperação e diálogo”.

“Esperamos que o facto de alguns países terem optado por se afastarem do Pacto Global para as Migrações não comprometa o desejo manifestado pela maioria de colocar a cooperação e o diálogo acima dos interesses e políticas individuais”, lê-se ainda no comunicado.

A Cáritas Portuguesa manifesta o desejo que a migração “possa ser uma opção para qualquer pessoa” e afirma que vai continuar a colocar “todo o seu empenho na concretização” do pacto no âmbito do projecto MIND – Migrações, Interligação, Desenvolvimento.