Arquidiocese de Braga -

3 maio 2019

Porque é preciso parar para poder caminhar

Fotografia

Formação de Adultos

Retiro Espiritual do DECA

\n

Nos passados dias 30 de abril e 1 de maio, na Casa da Torre, em Soutelo, realizou-se mais um retiro dos elementos do Departamento Arquidiocesano de Educação Cristã de Adultos (DECA). Sob a orientação do Pe. Nuno Ventura, missionário passionista, o retiro começou na terça-feira à noite com um momento de oração que nos preparou o coração para a “dureza” do caminho que seria refletido no dia seguinte.

O novo dia iniciou com novo momento de oração, no qual fomos convidados a admitir que não somos perfeitos. Na verdade, todos nós o sabemos, mas nem sempre o admitimos. De qualquer forma, é bom percebermos que é na nossa imperfeição que Deus atua e é a partir dela que nos faz discípulos e trabalhadores da sua messe.

O dia prosseguiu com momentos alternados entre temas desenvolvidos pelo Pe. Nuno e momentos de reflexão a sós, nos belíssimos espaços da Casa da Torre. No primeiro tema, o Pe. Nuno apresentou-nos o caminho de Maria. Trata-se de uma viagem que nos ensina a importância da atenção, da escuta, das ações concretas, da alegria, da ternura e da discrição. A segunda viagem foi a de Jesus. Jesus, “caminho, verdade e vida”, também faz uma viagem que nos mostra e dá sentido à cruz; é um caminho que exige a decisão de cortar com o que nos afasta dela; um caminho que nos mostra que o Senhor crucificado é o mesmo Senhor ressuscitado, Aquele que dá sentido a tudo que somos e fazemos. Por fim, a viagem do discípulo. Partindo da passagem bíblica do caminho de Emaús, que já lemos tantas vezes, mas que nos ensina sempre algo novo, percebemos que, para sermos também nós discípulos, precisamos de tempo, sobretudo tempo para o Senhor, tempo de escuta e encontro efetivo com Ele, tempo para avivar a memória e percebermos quem somos, qual a nossa identidade, identidade esta que se funda na d’Ele.

Enfim, foi uma excelente forma de pararmos da azáfama própria do dia-a-dia para podermos pensar no caminho que estamos a fazer e como devemos prosseguir. Afinal, qualquer grande caminhada exige estes momentos de paragem, questionamento, reflexão… e oração, pois sem a companhia efetiva do Senhor Jesus, o caminho não será frutífero. Não vale a pena perdermos tempo com as coisas d’Ele, se não perdermos (ou ganharmos!) tempo com Ele próprio.

O dia não terminou sem a celebração da Eucaristia, na qual, e por ser seu dia, ainda tivemos tempo de olhar para as mãos de S. José e (porque não?) compará-las com as nossas.

Por fim, e já com a ajuda de toda a reflexão feita nos dois dias, realizou-se ainda uma reunião com os membros do Departamento, na qual procurámos avaliar o ano pastoral que ainda decorre e toda a ação que temos vindo a desenvolver, bem como delinear algumas estratégias para o próximo.

Nazaré Dantas