Arquidiocese de Braga -

11 julho 2019

O que inspira os novos padres da Arquidiocese?

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DACS

Conheça os lemas sacerdotais dos três novos presbíteros e o porquê da sua escolha.

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A partir do próximo Domingo, dia 14 de Julho, a Arquidiocese de Braga terá três novos padres ao seu serviço. Prestes a serem ordenados sacerdotes, Fernando Carneiro, Tiago Varanda e Vítor Hugo Silva revelam o lema sacerdotal que escolheram e o porquê de optarem por essa frase para os acompanhar ao longo do seu percurso.

Fernando Carneiro

29 anos, natural de Guilhofrei, Vieira do Minho

Deus chama-nos continuamente a um caminho de felicidade e um desses caminhos de verdadeira felicidade é também o sacerdócio ministerial, ao qual sinto que sou chamado. A descoberta deste caminho, pleno de perseverança, de alegria e de desafios, é feita em progressivos vislumbres do amor de Deus. Mas o adentramento no conhecimento e no amor a Cristo, com um coração indiviso, exige, de facto, uma entrega incondicional da nossa parte, colocar toda a nossa existência diante de Deus e, por conseguinte, deixar-nos ser transformados.

Ao deixar-nos possuir plenamente pelo Espírito de Deus chegamos ao ponto de nos configurarmos com o coração sacerdotal de Jesus Cristo, de tal modo, que pelo amor incondicional a Deus e aos irmãos e pela prática da perfeita caridade experimentamos os sentimentos do apóstolo «já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gl 2, 20). Esta experiência efectiva da ressurreição na minha vida, a realidade do eterno amor de Deus que assume toda a nossa existência e se torna uma preferência e uma prioridade levou-me a adoptar como lema sacerdotal a máxima do apóstolo Paulo: “para mim, viver é Cristo! (Fl 1, 21). 

Este lema resume tanto o meu percurso de discernimento vocacional, como também o modo como vejo a adesão a Cristo. Aquele que se entrega de modo incondicional a Deus só consegue efectuar uma caminhada humana e espiritual, quando a mesma é alicerçada na tríade «por Cristo, com Cristo e em Cristo». Ele é o fundamento, o princípio e o fim, o caminho, a verdade e a vida, portanto, o sentido pleno de toda a vida humana e respetiva realização. Pois, quando assim é entendida e vivida a perfeita configuração com Cristo o próprio viver se torna sinónimo de Cristo.

 

Tiago Varanda

35 anos, natural de S. Pedro de Penude, Lamego

«Importa que Jesus Cristo cresça e eu diminua»! (Jo 3, 30)

S. João Baptista sempre foi alguém cujo carisma me cativou, especialmente no meu percurso vocacional. Identifico-me muito com ele, pela centralidade que Jesus Cristo tem na sua vida, pela humildade com que ele aponta para Jesus e desaparece para deixar que os seus discípulos O sigam a Ele (cf. Jo 1, 36-37), o único a Quem importa seguir! Considero que esta é também para mim a minha maior motivação para aceitar o ministério do sacerdócio a que o Senhor me desafia: atrair muitos discípulos para Jesus Cristo, para que Ele seja tudo em todos (cf. 1 Cor 15, 28).

Reconheço que o trabalho pela humildade será um esforço para toda a vida. Mas conto com a graça de Deus para me deixar cada vez mais transformar, tornando-me instrumento nas suas mãos para que a sua graça chegue a muitos corações, pelo ministério sacerdotal que Ele me quer confiar. 

Conto também com a oração de tantos irmãos e irmãs, que, de forma mais próxima ou mais discretamente, me têm apoiado nesta caminhada, sem os quais eu não teria força para enfrentar sozinho os grandes desafios do ministério. Agradeço a Deus por todos aqueles e aquelas que têm sido para mim «como coluna de ferro e muralha de bronze» (Jr 1, 18), um apoio e protecção nas vicissitudes da vida, não só pelos gestos de auxílio concreto e generoso, mas também pela oração que continuamente elevam aos Céus por mim e pelo ministério sacerdotal a que o Senhor Jesus me chama!

Muto obrigado a todos!

 

Vítor Hugo Silva

26 anos, natural de Fânzeres, Gondomar

«Fazei o que Ele vós disser» (Jo 2,5)

Reconheci a minha vocação em tenra idade, quando a minha mãe me disse para ir a catequese pela primeira vez. Inicialmente não queria, mas a minha mãe disse que iria conhecer uma pessoa especial. De facto, assim foi.

Posso dizer hoje que me apaixonei cada vez mais pela sua figura e, ao longo do tempo, o menino que não queria ir a catequese começou a pensar em ser padre. Entrei no seminário menor aos 15 anos. Após o 12º ano, entrei no seminário maior e estou agora no fim do percurso. Depois de ordenado diácono, realizei o estágio pastoral em Balasar, na Póvoa de Varzim. Serei ordenado Domingo, dia 14 de Julho, em vista ao presbiterado. Tenho hoje certezas diferentes das do início do caminho, é verdade, contudo sinto-me confiante, apesar da tarefa árdua que se avizinha de me configurar mais com Cristo e no serviço aos irmãos.”

 

A cerimónia de ordenação presbiteral realiza-se às 15h30, na Cripta do Sameiro.