Arquidiocese de Braga -

Santidade, 

Permita-me que, em nome das crianças do Centro Social Padre David de Oliveira Martins, exprima o grande sentimento de alegria e de profunda gratidão por este encontro do Pastor com as suas ovelhas preferidas: as crianças que, fruto de circunstâncias variadas, não podem sentir o carinho e a ternura dos seus pais. 

Cada um tem a sua experiência de dor e sofrimento. No Centro são acolhidas com um amor concreto de verdadeira preparação para as responsabilidades da vida. O trabalho dos profissionais está marcado por muita solicitude. Não se ficam no profissionalismo, mas oferecem um ambiente familiar onde o coração oferece tudo o que é necessário para a vida assim como a lógica de um amor gratuito e desinteressado. Também a Direção do Centro, constituída apenas por voluntários, dedica o seu tempo e, particularmente, uma imaginação criativa para que viver no Centro proporcione felicidade através de uma educação nas exigências do amor de Cristo pelos mais abandonados e marginalizados pela sociedade. 

Aqui, alguns profissionais e alguns dirigentes que acompanham estas crianças são a garantia da certeza de que o Centro dará tudo para que as crianças possam ter uma plena integração na sociedade. Com as crianças e para as crianças continuaremos a gritar que só o amor oferece dignidade a todos. 

A ideia desta visita nasceu quando, na celebração dos 60 anos de existência do Centro, as crianças foram mimadas pela visita do Sr. Presidente da República Portuguesa. No momento foi espontâneo manifestar o desejo de um encontro com o Santo Padre. Faltava qualquer coisa para que a alegria fosse completa. Peço desculpa por, neste momento, acrescentar mais duas ideias. 

Olhando para o pioneirismo do Pe. David de Oliveira Martins, nesta aventura de bem fazer, tenho alegria em afirmar que a Arquidiocese de Braga tem uma rede de assistência social espalhada por todas as suas regiões. São a certeza de que a Igreja está com os mais necessitados e de que reconhecemos que a nossa missão apenas está completa quando articula anúncio alegre e celebração festiva da fé com o exercício quotidiano da misericórdia nas suas mais variadas vertentes. 

Trago, por isso, para Vossa Santidade, a certeza de que continuaremos a percorrer os caminhos da pobreza e marginalidade dando consolação e alegria a quantos delas estão privados.