Arquidiocese de Braga -
19 junho 2020
Cáritas pede que portas da Europa permaneçam “abertas"
DACS
O Dia Mundial do Refugiado é celebrado este sábado, dia 20 de Junho.
A Cáritas afirma que “as portas da Europa devem permanecer abertas para os que procuram protecção”, honrando assim o compromisso assumido em Dezembro de 2019 de re-instalar 30 mil refugiados durante 2020.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, comemorado a 20 de Junho, a Cáritas pede que se defenda o direito de asilo e o princípio da não-devolução na Europa. Maria Nyman, secretária-geral da Cáritas Europa, diz que a “a resposta à pandemia e as suas consequências não devem ser usadas para minar os direitos dos refugiados”.
Maria Nyman refere que os Estados devem “intensificar o restabelecimento e caminhos complementares, como a entrega de vistos humanitários”.
A Cáritas pede “solidariedade global com os que fogem da guerra, crise e perseguição”, assim como com os países em desenvolvimento que “abrigam 85% dos refugiados do mundo” e que enfrentam desafios sem precedentes à saúde pública.
A pandemia “atingiu fortemente” os refugiados e os requerentes de asilo em particular porque muitos vivem “em campos superlotados ou em situação de carência”. Por isso, a Cáritas explica que o fecho de fronteiras e as restrições a viagens durante a pandemia “prejudicaram o acesso a asilo e à protecção na Europa”.
A organização alerta também que a “acção urgente é necessária”, recordando que “está actualmente em espera por um período indeterminado” o restabelecimento que “dá acesso a um caminho seguro, para um país seguro”, a milhares de pessoas presas em campos de refugiados.
A Cáritas Portuguesa, enquanto parte da rede Cáritas Europa, destaca a decisão do governo português em “acolher 500 menores desacompanhados dos campos de refugiados na Grécia” mas afirma que “é preciso muito mais” porque a população global de refugiados “atinge um nível histórico de 25,9 milhões de pessoas” e “84% vivem em países vizinhos dos seus países de origem”.
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