Arquidiocese de Braga -

21 janeiro 2021

Francisco pede a Joe Biden que recorde os pobres e quem “não tem voz”

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DACS com Agência Ecclesia/Vatican News

A mensagem para a tomada de posse do 46.º presidente dos Estados Unidos da América começa com votos de que Deus conceda a Joe Biden “sabedoria e força no exercício de seu alto cargo”.

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O Papa pediu ao novo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, que tenha atenção aos pobres e aos que “não têm voz” na sociedade norte-americana.

Na mensagem publicada no dia de tomada de posse da nova liderança do executivo dos EUA, Francisco afirma que, “num tempo em que graves crises enfrentadas pela nossa família humana pedem respostas unidas e de longo alcance, rezo para as que suas decisões sejam guiadas por uma preocupação pela construção de uma sociedade marcada pela autêntica justiça e liberdade, ao lado do incansável respeito pelos direitos e dignidade de cada pessoa, especialmente dos pobres, dos vulneráveis e daqueles que não tem voz.”

A mensagem para a tomada de posse do 46.º presidente dos Estados Unidos da América começa com votos de que Deus conceda a Joe Biden “sabedoria e força no exercício de seu alto cargo”.

“Sob a sua liderança, que o povo americano continue a encontrar força nos elevados valores políticos, éticos e religiosos que inspiraram a nação desde a sua fundação. Também peço a Deus, a fonte de toda sabedoria e verdade, que guie os seus esforços para promover a compreensão, a reconciliação e a paz dentro dos Estados Unidos e entre as nações do mundo, a fim de promover o bem comum universal”, acrescenta o Papa.

A mensagem conclui com uma bênção para Biden, a sua família e o “querido povo norte-americano”.

O presidente norte-americano Joe Biden tomou posse esta quarta-feira em Washington D.C., jurando sobre uma Bíblia familiar do século XIX. Kamala Harris tomou posse como 49.ª vice-presidente dos EUA, jurando sobre várias Bíblias com diferentes significados: a Bíblia familiar da figura da luta pelos direitos civis, Rosa Parks; uma Bíblia que pertenceu a Thurgood Marshall, o primeiro juiz afro-americano do Supremo Tribunal de Justiça norte-americano; e uma Bíblia pertencente a uma amiga próxima.

O padre jesuíta Leo J. O’Donovan, ex-presidente da Universidade de Georgetown e amigo de Biden, fez a oração inaugural, com apelos à unidade do país e à defesa do bem comum, citando o Papa Francisco para destacar a importância de “sonhar juntos”.

No seu discurso, Biden citou Santo Agostinho, bispo católico dos séculos IV-V, que na sua obra “A Cidade de Deus” define a nação como um conjunto de pessoas unidas “pelos objetos comuns do seu amor”.