Arquidiocese de Braga -
2 maio 2021
V DOMINGO DA PÁSCOA, ANO B
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Francisco Marcelino Monteiro Esteves
V Páscoa_ano B_Boletim de Padim da Graça nº 343 2021-05-02
São várias as ‘imagens’ que sobressaem e todas se podem resumir na palavra ‘permanecer’. Em primeiro, a vide e os ramos, com a necessidade de dar fruto: «A glória de meu Pai é que deis muito fruto». Deste vínculo resulta a convicta pregação de Paulo: «falava com firmeza no nome do Senhor». Sem esquecer a importância da adoração: «louvarão o Senhor os que O procuram: vivam para sempre os seus corações». O verbo permanecer recorda o mistério da Incarnação, através do qual o Filho de Deus veio ‘permanecer’ no meio de nós. E nós somos chamados a ser testemunhas com as obras da caridade. Deste modo, mais do que as palavras, mostramos que o amor de Deus «permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu».
Paulo torna-se um homem novo, novidade que se expressa até pela mudança de nome: de Saulo para Paulo. Ele sabe que seguir e estar unidos a Jesus Cristo (‘permanecer’) são a mesma coisa. Por isso, assume com firmeza a pregação da Boa Nova. Doutra maneira, poderíamos pensar o seguimento como pura obediência a uma doutrina ou a uma moral. Ora, o que Jesus Cristo propõe não é mera adesão doutrinal, mas a adesão à sua pessoa, à sua vida. Aliás, a conversão de Paulo não se baseia numa doutrina, mas num encontro pessoal com Jesus Cristo: «tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado». Só assim, à imagem de Paulo, poderemos dar muito fruto ao testemunhar com firmeza em nome do Senhor Jesus.
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