Arquidiocese de Braga -

21 julho 2021

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO B

Fotografia

Francisco Marcelino Monteiro Esteves

XVI Comum_ano B_Boletim de Mire de Tibães nº 406_2021-07-18 e Liturgia Familiar

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A fidelidade de Deus é comparada à relação diligente do pastor com o seu rebanho. Assim canta o crente: «O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados [...]. Vós estais comigo: o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança». Do mesmo modo também se revela em Jesus Cristo: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». Sem deixar de ter compaixão daqueles que «eram como ovelhas sem pastor». De
uns e de outros se faz próximo: pelo sangue derramado na cruz, «reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só Corpo». Jesus Cristo cumpre a dupla promessa: «Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas de todas as terras [...]. Dar-lhes-ei pastores que as apascentem e não mais terão medo nem sobressalto».

O crente reconhece a solicitude divina, em todas as circunstâncias da sua vida. Seja nos momentos de descanso, seja na travessia de ‘vales tenebrosos’, o Senhor está comigo. É um itinerário espiritual em direção à paz interior, à unificação do coração, a partir do dom de uma ‘presença’ que merece confiança. Ao fim de contas, a fé, mais do que acreditar na existência de Deus, é ter a perceção de que Deus acredita em nós. Antes de uma escolha da nossa parte, percebe-se como um dom: Deus confia em mim e me ama, sempre e apesar de tudo. A minha escolha está, portanto, em querer descansar nessa confiança e nesse amor, ‘para todo o sempre’. No final do percurso, pode ser esta a melhor expressão de fé: «Não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo».

 


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