Arquidiocese de Braga -

O Papa Francisco continua a sua política de austeridade no Vaticano. Tanto que, segundo o Il Messaggero, não estaria disposto a tolerar nem uma única despesa injustificada.

De facto, o Papa ordenou que o seu nome fosse retirado da exposição ligada a uma grande conferência organizada pelos Museus do Vaticano em colaboração com a Galeria Uffizi de Florença, por ocasião do quinto centenário da morte de Rafael.

O título do simpósio, “Santos Pedro e Paulo por Rafael e Fra Bartolomeo”, foi acompanhado pelo subtítulo “Uma homenagem do Papa Francisco aos patronos de Roma”. E isso, somado ao alto custo económico que esse acto acarretaria para os cofres do Vaticano, fez com que o Papa acabasse por pedir a desvinculação do seu nome do evento.

Despesas ilimitadas nos Museus do Vaticano

O Vaticano também foi atingido pela crise económica. Principalmente os Museus, que, há mais de um ano, viram as visitas de turistas severamente reduzidas devido à pandemia.

Por isso, no momento em que todos os Dicastérios seguem uma política de austeridade, chama a atenção a celebração – repetidamente adiada – de um evento que inclui almoços para dezenas de conferencistas, jantar de gala, cocktail de boas-vindas e até uma visita privada à Loggetta e à Stufetta do Cardeal Bibbiena.

Apesar de tudo, este não foi o primeiro incidente que os Museus do Vaticano protagonizaram nos últimos anos. Um exemplo disso são as tentativas de restaurar a Cortile della Pigna, que continuam a aumentar os gastos. Ainda para mais quando, na tentativa de instalar um elevador para turistas, o projecto foi mudado de uma estrutura de tijolos para uma de vidro e aço que impossibilita a sua utilização no Verão devido às altas temperaturas que se concentram no seu interior.

Artigo publicado em Vida Nueva Digital a 22 de Setembro de 2021.