Arquidiocese de Braga -

4 novembro 2021

Papa e presidente palestiniano reafirmam solução de dois Estados

Fotografia Vatican News

DACS com Agência Ecclesia

A posição expressa pelo Papa Francisco não é nova. O Vaticano defende desde 1947 os dois Estados e um estatuto especial para Jerusalém e a protecção de locais sagrados na Terra Santa.

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O Papa Francisco e o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, reafirmaram esta quinta-feira a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, com um estatuto especial para Jerusalém.

Após o encontro, o Vaticano comunicou que, “a respeito do processo de paz entre israelitas e palestinianos, sublinhou-se a absoluta necessidade de reactivar o diálogo directo para chegar à solução dos dois Estados, com a ajuda de um compromisso mais vigoroso da comunidade internacional” e que Jerusalém deve ser reconhecida como “lugar de encontro e não de conflito”.

Os dois líderes acreditam que o estatuto de Jerusalém deve preservar a identidade e o valor universal de cidade santa para todas as três religiões abraâmicas, também através de um estatuto especial internacionalmente garantido.”

Mahmoud Abbas encontrou-se ainda com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, acompanhado por D. Paul Richard Gallagher, secretário do Vaticano para as relações com os Estados.

Durante as conversações foram reconhecidas “as boas relações entre a Santa Sé e o Estado da Palestina”, sublinhando a necessidade de “promover a fraternidade humana e a convivência pacífica entre os vários credos” e a “urgência de trabalhar pela paz, evitando o uso de armas e combatendo qualquer forma de extremismo e fundamentalismo”.

A posição expressa pelo Papa Francisco não é nova. Desde a aprovação, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1947, do plano para a partilha dos territórios palestinianos, que o Vaticano defende a solução de dois Estados e recomenda um estatuto especial para Jerusalém e a protecção de locais sagrados na Terra Santa.

Em 2018, Francisco defendeu que só um estatuto especial, reconhecido internacionalmente, pode preservar a identidade de Jerusalém, a sua vocação única enquanto lugar de paz” e abrir um futuro de reconciliação e esperança para toda a região”.