Arquidiocese de Braga -
15 novembro 2021
Papa diz que é preciso “agir já” na crise climática
DACS com Agência Ecclesia/Politico
Francisco anunciou a abertura de inscrições para a Plataforma Laudato Si’.
O Papa Francisco assinalou este domingo o final da cimeira COP 26 e apelou à acção urgente de todos no combate às alterações climáticas, “com coragem e visão de longo prazo”.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa desafiou quem tem “responsabilidades políticas e económicas a agir já, com coragem e visão de longo prazo”, e afirmou que “o grito dos pobres, unido ao grito da terra, ressoou nos últimos dias” na Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
Francisco declarou que todos devem exercer uma “cidadania activa pelo cuidado da casa comum” e anunciou a abertura de inscrições para a Plataforma Laudato Si’, que promove a “ecologia integral”.
Esta plataforma foi lançada no final de Maio, no encerramento do Ano Laudato Si’ que tinha sido convocado pelo Papa Francisco, com propostas de “estilo de vida sustentável” e sete objectivos: Resposta ao Clamor da Terra; Resposta ao Clamor dos Pobres; Economia Ecológica; Adoção de Estilos de Vida Sustentáveis; Educação Ecológica; Espiritualidade Ecológica; Envolvimento da comunidade e Acção Participativa.
Agora foram divulgados os guias de planeamento e outros materiais desta plataforma, desafiando as comunidades católicas a aderir e a “assumir um firme compromisso de criar seus próprios Planos Laudato Si”.
A cimeira COP26 terminou durante o fim-de-semana com um acordo que mostra progresso no combate às alterações climáticas, mas não contém passos concretos suficientes para deter os efeitos mais imediatos e catastróficos nos países mais vulneráveis.
O acordo compromete os países desenvolvidos a duplicar o financiamento de medidas climáticas e de adaptação e incentiva ao reforço dos compromissos de redução de emissões por cada país no próximo ano, procurando ir de encontro aos objectivos do Acordo de Paris.
Muitos países e organizações apontam, no entanto, que o acordo assinado em Glasgow tem uma margem de erro demasiado grande para manter a subida das temperaturas entre 1.5 e 2 graus Celsius. Os países em desenvolvimento e com uma industralização rápida, como a China, a Índia e a Arábia Saudita, apontam que os países ricos que se desenvolveram com combustíveis fósseis devem carregar a maior parte do fardo para tingir os objectivos globais, mas o acordo destes países para fortalecer os objectivos num período de tempo mais curto foi visto por alguns como sinal de progresso.
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