Arquidiocese de Braga -

20 dezembro 2021

Papa pede para pensar “nos necessitados” ao preparar o Natal

Fotografia Lusa/EPA

DACS com Agência Ecclesia

A catequese dominical centrou-se nos dois verbos – “Levantar-se” e “caminhar apressadamente” – que fazem parte do lema para a Jornada Mundial da Juventude de 2023.

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O Papa Francisco pediu este domingo que o Natal seja preparado com um foco nos mais necessitados, dando o exemplo das acções de Maria, que percorreu vários quilómetros a pé para “partilhar a sua alegria”.

Francisco disse para pensar “primeiro nos necessitados” e fazer como Maria, olhar à volta e procurar alguém que se possa ajudar. Conheço algum idoso a quem possa dar alguma ajuda, fazer companhia? Que cada um pense nisso. Um serviço a alguém, uma gentileza, um telefonema? A quem posso ajudar?”, acrescentou.

Numa reflexão que partiu da passagem do Evangelho segundo São Lucas que relata a visita da Virgem Maria à sua prima Isabel – colocando-se a caminho apesar dos problemas que teria de enfrentar –, o líder da Igreja Católica afirmou que, “ao ajudar os outros, ajudar-nos-emos a nós mesmos a superar as dificuldades”.

A catequese dominical centrou-se nos dois verbos – “Levantar-se” e “caminhar apressadamente” – que fazem parte do lema para a Jornada Mundial da Juventude de 2023, que se vai realizar em Lisboa: ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’.

O Papa sublinhou que Maria percorreu vários quilómetros, a pé, para “partilhar a sua alegria”, sem se deixar intimidar pelos incómodos do caminho, “respondendo a um impulso interior que a chama a aproximar-se e a ajudar”.

Francisco destacou que a gravidez da Mãe de Jesus a colocava exposta a “mal-entendidos” e até a “penas severas” e que, ainda assim, “ela não desanima, ela não desespera, mas levanta-se”, realçando que “não olha para baixo, para os problemas, mas para cima, para Deus, e não pensa em quem pedir ajuda, mas a quem ajudar”.

O Papa convidou, então, cada um a imitar esta atitude e a “levantar-se” perante os problemas, para evitar cair numa tristeza pantanosa e “paralisante”, porque “partir apressadamente não significa avançar com agitação” mas sim conduzir os nossos dias com passo alegre, olhando para a frente com confiança, sem nos arrastarmos com má vontade, escravos das lamentações, que arruínam tantas vidas”.

O pontífice disse ainda que não nos devermos esquecer que o primeiro acto de caridade que podemos fazer ao nosso próximo é oferecer-lhe um rosto sereno e sorridente”.