Arquidiocese de Braga -
19 janeiro 2022
Papa pede “revolução da ternura” para distinguir castigo de redenção
DACS com Vatican News
Francisco reflectiu sobre a figura de São José como pai na ternura.
O Papa afirmou esta quarta-feira, na audiência geral semanal no Vaticano, que só uma “revolução da ternura” pode libertar de uma justiça que não permite que alguém se reerga facilmente e que confunde redenção com castigo.
Falando especificamente dos reclusos, Francisco disse que “é justo que quem errou pague pelo próprio erro, mas é ainda mais justo que quem errou possa redimir-se do próprio erro”, e que “não podem existir condenações sem janelas de esperança”.
A reflexão integrou a catequese sobre a figura de São José como pai na ternura, em que o líder da Igreja Católica falou sobre a passagem do Evangelho de São Lucas que apresenta a figura do “Pai misericordioso” (Lc 15, 11-32), conhecida tradicionalmente como a parábola do filho pródigo.
“Esta parábola sublinha não só a experiência do pecado e do perdão, mas também a forma como o perdão chega à pessoa que errou”, referiu Francisco, para quem a ternura é “algo maior do que a lógica do mundo” e “uma forma inesperada de fazer justiça”.
O pontífice explicou ainda que “Deus não tem medo dos nossos pecados” porque é maior do que eles e porque “Ele é Pai, Ele é amor, Ele é carinhoso”.
O Papa Francisco convidou os católicos a encontrarem-se com esta misericórdia de Deus, “especialmente no sacramento da Reconciliação, fazendo uma experiência de verdade e ternura”, e evocou ainda a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, a decorrer até 25 de Janeiro, pedindo oração “para que todos os discípulos de Cristo perseverem no caminho da unidade”.
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