Arquidiocese de Braga -

V DOMINGO COMUM, ANO C

A temática da missão profética e evangelizadora continua neste Quinto Domingo (Ano C). Agora, sobre a resposta humana ao convite divino. Paulo, consciente da sua indignidade, enaltece a ação de Deus no impulso missionário: «Não eu, mas a graça de Deus, que está comigo». Semelhante tinha sido a experiência de Isaías. Embora se sinta impuro, responde: «Eis-me aqui: podeis enviar-me». De facto, desde sempre, está em causa o anúncio da alegria do Evangelho. E nem as hesitações de Pedro – «Não apanhámos nada. Mas já que o dizes» – impedem que se venha a tornar o primeiro dos apóstolos. Deus confia em todos os seus filhos. Motivos sobejam para louvar e dar graças: «Celebrarão os caminhos do Senhor, porque é grande a glória do Senhor».

A graça de Deus continua a suscitar vida em abundância. Procuremos vencer a tentação de olhar apenas para os ‘problemas’. Quando a nossa atenção está toda focada nas dificuldades, o mais comum é recusar-se a caminhar, é olhar para o caminho como beco sem saída. Sentimo-nos esmagados. Perdemos o entusiasmo. Então?! Não ignoramos as dificuldades. Reconhecemos o peso das nossas fraquezas e dos nossos pecados. Contudo, em vez de nos concentrarmos apenas naquilo que não está bem, vamos apreciar a presença da graça de Deus, vamos descobrir a vida gerada pelo Espírito Santo, porventura em nós e à nossa volta. Há outros pontos de vista. Há novos caminhos. Quem se concentra na escuridão, corre o risco de não perceber os raios de luz.