Arquidiocese de Braga -
22 fevereiro 2022
Arcebispo mexicano pede música litúrgica na missa, “não paródias”
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DACS com Vida Nueva Digital
Na celebração do 130º aniversário da Escola de Música Sacra da Diocese de Querétaro, Francisco Moreno Barrón falou sobre “A espiritualidade da música litúrgica”.
O Arcebispo de Tijuana e especialista em música sacra, Francisco Moreno Barrón, participou neste fim-de-semana, no âmbito das actividades para a celebração do 130º aniversário da fundação da Escola de Música Sacra e Conservatório “José Guadalupe Velázquez” e do XIV encontro diocesano de música sacra da diocese de Querétaro, com uma comunicação intitulada: “A espiritualidade da música litúrgica”.
Moreno Barrón foi o responsável pela Dimensão Episcopal da Música Litúrgica durante a visita do Papa Francisco ao México em 2016, por isso coube à sua equipa produzir o hino “Missionário da Misericórdia”.
A importância de uma formação sólida
Na sua apresentação, o Arcebispo de Tijuana lembrou que o Concílio Vaticano II deixou claro que a música sacra é parte necessária e integrante da liturgia; ou seja, “não é um adorno, não é um complemento, não é apenas para tornar a celebração mais agradável… e afirma a sua eficácia para a Glória de Deus e a santificação dos fiéis”.
Por isso, destacou a importância de os músicos que participam nas celebrações litúrgicas terem uma formação sólida e lembrou que “os anjos cantam a Deus… Há amplos conteúdos que devem ser aprendidos e colocados em prática... Lembrem-se: vamos louvar ao nosso Deus"
Também pediu aos músicos que sejam criteriosos e não improvisem sobre as músicas adequadas para cada tempo litúrgico: “que seja música litúrgica, não paródias”, disse.
“Recomendo a vossa plena participação: cheguem a horas; se for a hora da consagração, ajoelhem-se com fé; respondam ao diálogo com o celebrante... sejam um guia para a assembleia; prestem atenção sem distracções... vivam os momentos de silêncio... quem comunga e vive intensamente a celebração, podemos dizer que alcançou a plena participação”, acrescentou.
Músicos com espiritualidade cristocêntrica
Moreno Barrón explicou que a espiritualidade do músico da Igreja é o “conjunto de princípios, atitudes e valores que, à luz do Evangelho e da Sagrada Eucaristia o alimentam, nutrem e amadurecem na fé, moldando-o pouco a pouco com Cristo”.
O músico católico – continuou – deve viver a sua espiritualidade como a Igreja católica a vive; tem que ser “uma espiritualidade cristocêntrica, no centro está Jesus”.
Acrescentou que a vida de oração do músico também é muito importante para crescer na sua espiritualidade; da mesma forma, deve procurar espaços de contemplação.
“O músico deve adorar Jesus na Eucaristia e orgulhar-se disso... Tudo isso será reflectido pelo músico... por ser consistente no que acredita e como vive”, observou.
O Arcebispo de Tijuana recordou que o Papa Bento XVI, “que é um grande músico, explicava que a música sacra é uma realidade de valor teológico e de significado permanente para a fé de todo o cristianismo. Finalmente, o Papa Francisco disse que a música sacra «nos dá a sensação de glória»”.
Artigo de Miroslava López, publicado em Vida Nueva Digital a 21 de Fevereiro de 2022.
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