Arquidiocese de Braga -

6 março 2022

Formação de voluntários para missão em Moçambique decorre com «entusiasmo»

Fotografia Jorge Oliveira

DM

Missão Ocua regressa à vida normal depois de «abrandamento» causado pela pandemia.

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Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB) organizou ontem mais um encontro presencial de formação de voluntários no âmbito do projeto de cooperação missionária "Salama!", celebrado entre as Dioceses de Braga e de Pemba (Moçambique).

Sara Poças, coordenadora do CMAB, disse ao Diário do Minho que o plano formativo de 2021-2022 está a «correr bem», dentro do que foi programado, segundo um modelo misto de sessões presenciais e online.

No total estão a receber formação 18 jovens provenientes de diferentes arciprestados da Arquidiocese de Braga.

«O grupo é bastante animado e participativo. Estão entusiasmados», afiançou. Além de três voluntários do projeto "Salama!", do Centro Missionário de Braga, está em formação um grupo de 15 alunos da Escola Secundária de Amares que integra o projeto "Missão Amar(es)", no âmbito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, coordenado pelo professor Bernardino Silva.

O Plano de formação de Voluntários Missionários 2021-2022 iniciou-se no dia 20 de novembro do ano passado com o encontro inicial. Desde aí já se realizaram oito encontros formativos, incluindo o de ontem, em que foram explorados dois temas: Interculturalidade (da parte da manhã) e "Vida em comunidade" (de tarde).

Este plano visa formar e selecionar voluntários missionários para renovar anualmente a equipa missionária da Arquidiocese de Braga a quem está confiada a paróquia de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, constituída por um sacerdote e por dois ou três leigos.

A formação, que decorrerá até junho, assenta em três componentes: desenvolvimento pessoal, missiologia e espiritualidade e cooperação para o desenvolvimento. Nesta última, é explicado aos voluntários os contextos que vão encontrar em Moçambique caso sejam selecionados para uma experiência de missão, como as diferentes culturas, os diferentes níveis de desenvolvimento, etc.

A atual equipa da Arquidiocese de Braga em missão em Santa Cecília de Ocua é constituída por três missionários: o padre Manuel Faria e as leigas Fátima Castro e Andreia Araújo que está na missão há cerca de três anos. O sacerdote e Fátima Castro foram enviados em agosto do ano passado.

À equipa deverá juntar-se a leiga Joana Peixoto que aguarda visto para Moçambique. Deveria ter partido em janeiro deste ano.

Em julho deste ano é provável que a Arquidiocese anuncie a renovação e/ou reforço da equipa.

«A ideia é ficarem quatro, para a equipa se ir revezando, evitando que fique só um missionário como aconteceu o ano passado», disse Sara Poças.

A missão em Santa Cecília de Ocua, na diocese de Pemba (norte do país), depois de quase dois anos condicionada pela pandemia de covid-19, está a retomar as suas atividades em pleno.

«Durante a pandemia houve algum abrandamento, mas agora estão a retomar a vida normal da paróquia, a visitar as comunidades, também a começar a celebrar os sacramentos», indicou a coordenadora do CMAB.

Segundo Sara Poças, a equipa está também com as ações nas áreas da educação e saúde, nomeadamente de promoção da mulher e da rapariga, de nutrição, pequenas formações de prevenção na área da saúde e higiene.

Simultaneamente, tem promovido trabalho de reassentamento de deslocados nos dois campos que existem no território da paróquia. A equipa vai semanalmente visitar esses campos de deslocados, para aferir das necessidades e dar apoio espiritual.

A equipa está ainda com o projeto da casa pastoral, cujas obras estão em fase de conclusão, «nos últimos ajustes».

Artigo publicado no Diário do Minho de 06 de março de 2022.


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