Arquidiocese de Braga -

19 abril 2022

Bispos católicos imploram a Kirill que intervenha com Putin

Fotografia Russian Look Ltd. / Alamy

DACS com The Tablet

Destacando a morte de pessoas inocentes, os bispos dizem que a beleza e o poder da fé ortodoxa é uma mensagem de paz.

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Os bispos católicos da Escócia pediram ao líder da Igreja Ortodoxa na Rússia, o Patriarca Kirill, que intervenha junto do presidente russo Vladimir Putin para pôr fim à tragédia da Ucrânia.

Destacando a morte de pessoas inocentes, os bispos dizem que a beleza e o poder da fé ortodoxa é uma mensagem de paz.

A carta é assinada pelo presidente da Conferência Episcopal da Escócia, Dom Hugh Gilbert, em nome de todos os bispos da Escócia.

Enquanto isso, os líderes da Igreja irlandesa agradeceram às paróquias de toda a Irlanda pela sua extraordinária generosidade ao arrecadarem mais de 3,25 milhões de euros em resposta à crise na Ucrânia.

O dinheiro foi arrecadado através de uma angariação especial nas paróquias durante um fim-de-semana no final de Março.

Em comunicado, os arcebispos Eamon Martin e Dermot Farrell disseram que também é animador que algumas comunidades paroquiais tenham estabelecido vínculos directos com paróquias ucranianas e projectos de caridade locais para apoiar refugiados e aqueles que permanecem na Ucrânia.

Mas lamentaram a morte de sete pessoas, incluindo dois funcionários da Cáritas, quando um gabinete da Cáritas em Mariupol foi bombardeado.

“Desejamos reconhecer a bravura dos trabalhadores humanitários que arriscam as suas vidas ao fornecer assistência e protecção muito necessárias a pessoas inocentes que foram apanhadas nesta guerra”.

Separadamente, a Arquidiocese de Dublin ofereceu o seu antigo seminário no Clonliffe College para acolher refugiados ucranianos. Está em curso o trabalho de preparar as instalações que podem acomodar mais de 600 pessoas.

Trinta e sete ordens religiosas ofereceram conventos, centros de retiro, antigos alojamentos estudantis e casas em todo o país a refugiados ucranianos, totalizando 450 quartos, com muitas casas paroquiais também em oferta.

David Rose, secretário-geral da Associação de Líderes de Missionários e Religiosos da Irlanda (AMRI), disse que muitas ordens religiosas têm comunidades na Ucrânia e na Polónia e estão a ouvir “em primeira mão o impacto devastador da guerra”.

Os membros da AMRI “abriram as suas igrejas, mosteiros e conventos para acolher aqueles que fogem da invasão, para fornecer comida, abrigo e apoio”, disse, acrescentando que estão em contacto com o departamento de crianças e o Conselho Irlandês de Refugiados sobre a aceitação dessas ofertas.

Entre essas Ordens que angariam fundos e enviam ajuda directamente às comunidades na fronteira ucraniana está a comunidade Redentorista de Limerick, que arrecadou € 550.000, de acordo com o padre Seamus Enright, reitor do mosteiro do Monte Santo Afonso.

Em Co Roscommon, os Missionários do Verbo Divino em Donamon ofereceram o seu antigo prédio do seminário e 70 ucranianos estão lá a morar actualmente.

Enquanto isso, 30 refugiados ucranianos estão a viver no antigo Convento da Apresentação em Fethard, Co Tipperary. A Irmã Frances Crowe explicou que as Irmãs deixaram o convento em 2020 e estão em processo de venda do convento para a Fethard Daycare Centre, quando foram questionadas sobre se o prédio poderia ser usado para abrigar refugiados.

“Estamos muito satisfeitas em ver o lugar cheio de vida novamente”, disse Frances.

No entanto, uma preocupação que destacou é que algumas ofertas de acomodação para refugiados feitas por ordens religiosas não foram respondidas.

As Irmãs da Apresentação ofereceram cinco quartos num convento em Clondalkin, em Dublin, e uma casa de cinco quartos em Kilkenny.

“Não tivemos resposta. Acho que há outros religiosos na mesma situação”, observou.

Artigo de Sarah Mac Donald e Ruth Gledhill, publicado no The Tablet a 19 de Abril de 2022.