Arquidiocese de Braga -
7 junho 2022
Rainha Elizabeth II é uma alma “enraizada na confiança em Deus”, diz cardeal
DACS com The Tablet
O cardeal Nichols sublinhou a centralidade da fé da rainha, dizendo que trouxe ao país estabilidade e o exemplo de serviço.
O Arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, elogiou a “calma que transmite sempre”, nascida “de uma alma em paz, enraizada na confiança em Deus e inspirada pela sua fé cristã, da qual fala com tanta eloquência e demonstra com tanta fidelidade”.
Lembra-se de comemorar a coroação aos sete anos de idade em 1953, “a caneca da coroação e a barra de chocolate na sua caixa de lata decorada que recebi, juntamente com todas as crianças”, e de ver televisão pela primeira vez para ver a cerimónia na Abadia de Westminster.
“Hoje agradecemos a Deus por todos os anos de serviço surpreendente que foi prestado por Sua Majestade desde aquele dia da sua solene unção, através de tempos de paz e grande tristeza, sofrimento e alegria.”
E concluiu: “Deus abençoe Sua Majestade. Que possamos rezar sempre por ela.”
O cardeal Nichols estava entre os convidados ecuménicos do culto de acção de graças em São Paulo a 3 de Junho, ao lado do arcebispo de Cardiff, George Stack, e do arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, Leo Cushley. Os membros da família real foram recebidos na Catedral pelo Lord Mayor, Vincent Keaveny, um advogado católico nascido em Dublin.
Falando à LBC no sábado, o cardeal Nichols sublinhou a centralidade da fé da rainha no seu reinado, dizendo que ela trouxe ao país “uma estabilidade, uma profundidade e um maravilhoso exemplo de serviço – um sentido de serviço que vai além de si mesmo”.
Questionado sobre a adequação das festividades no meio do aumento da pobreza, disse que era correcto celebrar “uma ocasião única e histórica”.
“Não acho que alguém, nem os sem-abrigo na esquina aqui na Victoria Street, se fosse ressentir da festa dos últimos dois ou três dias”.
Também afirmou o valor da monarquia na sociedade contemporânea: “A vida é mais do que os negócios. Há um espírito que precisamos de continuar, e a rainha e a família real contribuem para isso, assim como o seu testemunho de fé em Deus”.
Outros bispos que contribuíram incluem o bispo de Shrewsbury, Mark Davies, que disse que a rainha incorporou a observação de St. John Henry Newman de que Deus pretende “algum serviço divino” para cada pessoa baptizada.
“Elizabeth II abraçou este chamamento com um senso inequívoco de vocação cristã”, afirmou no seu sermão para o Pentecostes.
Os bispos da Inglaterra e do País de Gales instruíram as paróquias a incluir uma intenção para a Rainha nas orações dos fiéis nas Missas do Domingo de Pentecostes e a recitar a “Oração pela Rainha” no final da Missa.
A oração pede a Deus que a Rainha “continue a crescer em todas as virtudes” e que “imbuída da Sua graça celestial, seja preservada de tudo o que é prejudicial e mau e, sendo abençoada com o Seu favor, possa, com a Família Real, ir finalmente à sua presença”.
No dia 2 de Junho, o Papa enviou “cordiais saudações e bons votos” pelo aniversário oficial da Rainha, com “renovada certeza” das suas orações para que “Deus Todo-Poderoso conceda aos membros da Família Real e a todo o povo da nação, as bênçãos de unidade, prosperidade e paz”.
Partilhar