Arquidiocese de Braga -

22 junho 2022

UISG reivindica liderança religiosa feminina como alavanca para a mudança social

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

Sob o lema “Irmãs na Promoção Global”, a União Internacional das Superioras Gerais lançou uma campanha para valorizar a experiência das congregações na saúde, na luta contra a pobreza e no cuidado infantil.

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A União Internacional das Superioras Gerais (UISG), organização que reúne mais de 1.900 líderes de congregações femininas às quais pertencem mais de 600.000 freiras, lançou uma campanha na qual apresenta as religiosas como modelo de liderança para alcançar a mudança social que permita responder aos grandes desafios que a nossa sociedade enfrenta.

Sob o lema “Irmãs na Promoção Global”, esta iniciativa destaca a vasta experiência dos institutos que integram a UISG em vários domínios como a saúde, o combate à pobreza e a puericultura. “Estima-se que a rede mundial de congregações pertencentes à UISG represente um dos maiores provedores de apoio directo às comunidades”, refere a organização em comunicado divulgado na terça-feira.

São três os pilares do modelo de liderança desenvolvido pelas Irmãs na assistência às pessoas marginalizadas e vulneráveis: presença, encontro e serviço. Com base nestes conceitos, a campanha visa “reforçar o impacto das religiosas”, para que “ as suas vozes e as de quem está à margem sejam ouvidas”.

Para isso, serão publicados vários vídeos, como aquele que já viu a luz do dia e que nos convida a reflectir sobre o papel das Irmãs como líderes. Recolhe-se assim o legado da recente participação de várias representantes da UISG no Fórum Económico Mundial realizado em Davos.

 

Abraçar a vulnerabilidade

Esta iniciativa vai ao encontro da reflexão sobre a importância de assumir a vulnerabilidade na liderança, questão levantada na Assembleia Geral da UISG, realizada no passado mês de Maio. “Como podemos transformar o conceito de liderança para colocar os mais vulneráveis ​​e não os mais fortes no centro do nosso trabalho? Quais são as nossas vulnerabilidades que devemos abraçar nesta jornada de transformação?”. Estas são duas das reflexões a que as freiras convidam na sua campanha.

A Irmã Patricia Murray, secretária executiva da UISG, pediu a criação de uma “irmandade global” que permita responder às necessidades daqueles que estão nas margens geográficas e existenciais “como freiras de diferentes congregações, culturas e contextos”.

Como líder, Murray sente-se chamada “a cultivar as pequenas sementes das quais nasce uma nova vida: por exemplo, empatia e abertura ao outro, respeito e enriquecimento recíproco, encontro e acolhimento de estranhos, compreensão e celebração da diferença”.

 

Artigo de Darío Menor, publicado em Vida Nueva Digital a 21 de Junho de 2022.