Arquidiocese de Braga -

4 julho 2022

Papa define fraternidade com pilar da missão

Fotografia Andrew Medichini/AP

DACS com Agência Ecclesia

O Santo Padre sublinhou que “a missão evangelizadora não se baseia no activismo pessoal, ou seja, no ‘fazer’, mas no testemunho do amor fraterno, mesmo através das dificuldades que a convivência implica”.

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O Papa definiu este domingo o testemunho da “fraternidade” como elemento fundamental da missão cristã. No Vaticano, alertou ainda contra o “activismo pessoal” e o individualismo na Igreja.

Antes da recitação da oração do ângelus, Francisco explicou que é possível “elaborar-se planos pastorais perfeitos, implementar projectos bem elaborados, organizar-se até os mínimos detalhes; podem convocar-se multidões e ter muitos meios”, mas que, se não houver disponibilidade para a fraternidade, a missão evangélica não avança”.

O Santo Padre sublinhou que “a missão evangelizadora não se baseia no activismo pessoal, ou seja, no ‘fazer’, mas no testemunho do amor fraterno, mesmo através das dificuldades que a convivência implica”, disse que a “boa nova do Evangelho” deve ser levada aos outros com espírito e estilo fraterno”, sendo precido questionarmo-nos se temos a capacidade de colaborar, se sabemos tomar decisões em conjunto, respeitando sinceramente quem nos rodeia e levando em conta o seu ponto de vista”.

Citando a passagem do Evangelho do XIV Domingo do Tempo Comum, o Papa recordou que Jesus enviou os seus discípulos em missão “dois a dois”, não batedores “solitários”, e que a tarefa dos discípulos é “ir à frente, nas aldeias, e preparar o povo para receber Jesus”, já que as instruções que Ele lhes dá não são tanto sobre o que devem dizer, mas sobre como devem ser, mais sobre o testemunho a ser dado do que sobre as palavras a serem ditas”.

Após a oração, Francisco evocou a beatificação de dois mártires da Argentina, os padres Pedro Ortiz de Zárate e João António Solinas, celebrada na Diocese de Nova Orán, no norte do país, onde os missionários foram mortos, em 1683.