Arquidiocese de Braga -

5 julho 2022

Bispo mexicano lidera marcha pela paz e explica como alcançá-la

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DACS com Vida Nueva Digital

O secretário-geral do Episcopado Mexicano, Ramón Castro, assegurou que “para que a paz seja autêntica e duradoura, deve ser construída sobre a rocha da verdade de Deus”.

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O Bispo de Cuernavaca e Secretário Geral da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), Ramón Castro, pediu aos fiéis da sua diocese que sejam “firmes e convincentes no serviço de promover a paz, sem nunca esquecer que, para que a paz seja autêntica e duradoura, deve ser edificada sobre a rocha da verdade de Deus e da verdade do homem”.

No dia 2 de Julho, foi realizada a “Oitava Caminhada pela Paz” na cidade de Cuernavaca, presidida por D. Castro, e na qual participaram milhares de pessoas, entre sacerdotes e leigos, que caminharam por cerca de uma hora para se concentrarem na praça principal daquela cidade, onde foram ouvidos os testemunhos de algumas pessoas que foram vítimas de violência, bem como uma mensagem do bispo.

D. Castro afirmou: “Caminhamos juntos como uma família com um único desejo, a paz. Somente esta verdade pode sensibilizar as pessoas para a justiça, abri-las ao amor e à solidariedade e encorajar todos a trabalhar por uma humanidade verdadeiramente livre e unida”.

 

O papel de protagonismo da cidadania

Da mesma forma, considerou: “a paz só será possível quando juntos alcançarmos quatro condições essenciais: verdade, justiça, amor, liberdade... Simboliza também a nossa caminhada pela vida, na qual caminhamos juntos empurrando-nos uns aos outros na mesma direcção, com a certeza de que alcançaremos a meta”.

Para D. Castro, o facto de haver tanta violência no México “deve-se em parte a milhares de corações partidos e vidas fracturadas, de mentes alienadas e manipuladas”.

Referindo-se à estratégia de segurança do governo federal chamada “Abraços, não balas”, explicou que “no mês passado a empresa Mitosky apresentou três indicadores convincentes: 57,2% da população considera que a estratégia para garantir a segurança e combater o crime, é uma estratégia errada”.

Além disso, quase 70% “acreditam que o governo deve enfrentar o crime com o uso da lei, 63% acham que é errado proteger a vida dos criminosos ao entrar em confronto com as forças armadas... Perante este panorama devemos manter a esperança, mas agindo… é um facto que os cidadãos são chamados a desempenhar um papel mais preponderante a este respeito”.

Artigo de Miroslava López, publicado em Vida Nueva Digital a 4 de Julho de 2022.