Arquidiocese de Braga -

18 julho 2022

Francisco recomenda “momentos livres para meditar” nas férias

Fotografia AP Photo/Andrew Medichini

O Santo Padre disse que “começamos os dias automaticamente, a fazer coisas, como as galinhas”.

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O Papa Francisco recomendou este domingo que as férias de Verão incluam “momentos livres para meditar” e fazer uma leitura do Evangelho “sem pressa”.

Antes da recitação do ângelus, o Papa afirmou que se deve aproveitar “este tempo de férias para parar e escutar Jesus”, e que hoje é cada vez mais difícil encontrar momentos livres para meditar”.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco assinalou que “para muitas pessoas, o ritmo de trabalho é frenético, exaustivo”, e que por isso “o período de Verão também pode ser precioso para abrir o Evangelho e lê-lo lentamente, sem pressa”, lendo uma passagem todos os dias.

O Santo Padre disse que começamos os dias automaticamente, a fazer coisas, como as galinhas”, mas em vez disso temos de começar os dias, primeiro, olhando para o Senhor, tomando a sua Palavra, breve, para que seja essa a nossa inspiração”.

A reflexão partiu da passagem do Evangelho de São Lucas sobre Marta e Maria, duas irmãs que oferecem hospitalidade a Jesus em sua casa. O líder da Igreja Católica explicou que “Ele não é um hóspede como os outros” e que, “à primeira vista, parece que veio para receber, porque precisa de comida e abrigo” mas, na verdade, o Mestre veio dar-se a si mesmo, através da sua palavra”.

Francisco destacou que a palavra de Jesus “não é abstrata, é um ensinamento que toca e molda a vida, muda-a”, e advertiu que “isso não diminui o valor do compromisso prático, mas este não deve preceder, antes fluir da escuta da palavra de Jesus, deve ser animado pelo seu Espírito”, ou o risco é reduzir tudo a uma correria e agitação com muitas coisas, a um activismo estéril”, advertiu.

Após a oração, o Papa destacou a beatificação em Ellwangen, na Alemanha, do padre Johann Philipp Jeningen (1642-1704), que foi celebrada este sábado. Missionário, o jesuíta foi beatificado numa cerimónia presidida pelo cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE).

O Santo Padre elogiou o novo beato como um “incansável anunciador do Evangelho” e pediu “que o exemplo e intercessão deste sacerdote nos ajude a sentir a alegria de partilhar o Evangelho com os nossos irmãos”.