Arquidiocese de Braga -

1 setembro 2022

Declarações do Papa sobre guerra na Ucrânia são em “defesa da vida”, diz a Santa Sé

Fotografia Vatican Media

DACS com Agência Ecclesia

O Vaticano afirma que as declarações do Papa Francisco em condenação da guerra na Ucrânia, “iniciada pela Federação Russa”, têm sido “claras e unívocas”.

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As intervenções do Papa Francisco sobre a guerra na Ucrânia são em “defesa da vida humana”, e não “posturas políticas”. É assim que o Vaticano responde às discussões sobre o hipotético “significado político” que as palavras do Santo Padre teriam.

Esta terça-feira, a Santa Sé afirmou que “as palavras do Santo Padre sobre esta questão dramática devem ser lidas como uma voz em defesa da vida humana e dos valores ligados a ela, e não como posição política”.

Uma das declarações que mais discussão originou terá sido a da audiência geral de 24 de Agosto, em que Francisco recordou Darya Dugina, a filha de Aleksandr Dugin – apoiantes e “ideólogo” de Putin – que morreu num atentado à bomba em Moscovo.

O Vaticano declara que, “quanto à guerra em larga escala na Ucrânia, iniciada pela Federação Russa, as intervenções do Santo Padre Francisco são claras e unívocas em condená-la como moralmente injusta, inaceitável, bárbara, insensata, repugnante e sacrílega”. Para além disso, explica que as “várias intervenções” do Papa e dos seus colaboradores, no contexto da guerra na Ucrânia, têm como finalidade “convidar pastores e fiéis à oração, e todas as pessoas de boa vontade à solidariedade e aos esforços para reconstruir a paz”.

O Papa Francisco esteve em conversa com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, a 12 de Agosto, depois de ter recebido no dia 6 o embaixador da Ucrânia junto da Santa Sé, Andrii Yurash. No dia anterior, tinha estado reunido com o responsável das Relações Externas do Patriarcado de Moscovo, bispo metropolitano Anton Sevryuk.

Ainda em Julho, durante a visita ao Canadá, Francisco reafirmou a vontade de visitar as capitais da Rússia e da Ucrânia.